21 de novembro de 2007

Jornada ao Labirinto


Quero a vida simples como nunca imaginei ter em uma praia deserta de um certo litoral que eu certamente desconheço.
Bêbado com os whyskeys que tomei, chego à idéia de que o melhor para mim é a paz que posso conhecer durante minha jornada.
Claro que desejo muito mais do que esse simples oásis banal como meus sentimentos fracos e minha carne suscetível a estímulos entorpecentes para me inspirar a me declarar.
Nada que tento me faz ser melhor do que você, mas cada um tem um jeito de lidar com a atmosfera que o cerca, chega de viver em lamento, chega de esperar que o natal chegue para me alimentar dos melhores sentimentos que posso encontrar nas ruas.
Feliz como uma pessoa realmente realizada, eu sorrio para aqueles que me cercam tentando transparecer que irei prosseguir na minha jornada que transcende meus pensamentos fracos.
Chega de querer mais, chega de ficar nas palavras, na verdade o que a gente faz fala muito mais do que só falar, sento em frente aos instrumentos mais importantes da minha vida, o lápis e o papel que me acompanham até nessa minha aventura mais selvagem.
Calado com meu cigarro no silêncio da natureza começo a escrever.
Hoje penso em me libertar desses valores ridículos e chulos que carrego sob pressão dos demais que me cercam e me forçam a acreditar que tenho que seguir ao meu menor passo, que eu persigo em superar.
Por mais que eu tente não consigo ser eu mesmo em um lugar onde sou bombardeado com informações de um palhaço na TV, cansado de tanta covardia saio sozinho em busca de um sonho, o sonho de acreditar.

Ass: Pedro Gazzinelli e Diogo Coelho

Poeta do Amor



Suprimido por um grito de silêncio não consigo mais desabafar com você.
Tento escrever sobre o amor que não conheço, te amaldiçoou como se fosse você a culpada pelos meus lamentos.
Queria que você tivesse me obrigado a te amar, queria ter saído dessa inércia para deixar de ser tão egoísta.
Busco ajuda nos búzios, jogo cartas de tarô tentando descobrir o porque desse vazio, desse buraco que assola meu interior.
Sinto hoje o que só vai ser entendido no próximo ano por eu achar mais importante a estética do que o conteúdo.
Tento ocultar minha emoção deixando a razão tomar controle.
Só assim acharei uma desculpa para ser o poeta do amor que não consegue amar e escreve de forma platônica por ser puramente racional.
Tento aprender com os anjos, porém não consigo encontrar a pureza celestial para compor por ser um pecador.
Começo a buscar os meus demônios e acabo descobrindo que quanto mais apaixonante o sentimento puro de escrever, mais triste são as cartas que entrego a você.
Na certeza de que tentarei tornar lúcido o mais triste e lindo conto de amor, busco em livros historias que me ensinarão a falar sobre nós dois.
Tento achar o final feliz sem ter vivido pelo menos nem um final triste.
Sem experiência para ser o mensageiro dos meus sentimentos faço mais uma poesia tentando te fazer a melhor pessoa do mundo.
E com mais um clichê me conformo com tudo que vivo.
No final dá tudo certo, se não deu certo é por que ainda não chegou ao fim.

Ass: Diogo Coelho

Small Bus


Eu tenho e tive tantas paixões que às vezes elas me confundem de uma forma que eu começo a embaralhar os seus rostos em minhas recordações.
Já tive lembranças trocadas com as pessoas certas.
O que, no fundo, seria uma pessoa certa para minhas lembranças?
Minhas lembranças que minhas novas emoções insistem em corroer, mas que eu luto com toda a veemência para que elas se mantenham intactas para que eu consiga não repetir minhas emoções.
Minhas lembranças dolorosas não me ensinaram a ser um refugiado, porque eu nunca aprendi com meus erros, já que eu os repito deixando tudo pra depois e me arrependendo de ter vivido a vida vivendo as emoções supérfluas, e descartando o resto.
Eu comecei a enxergar que eu nunca compreendi.
Eu comecei a compreender que eu nunca consegui enxergar a beleza das pessoas que me valorizavam, e agora que aprendi, creio que se eu soubesse aprender com meus erros eu não teria deixado as minhas novas emoções se esvair arem pelo ar.
Penso demasiadamente e me incomodo com os incômodos alheios, me tornando um segundo plano para mim mesmo, não sabendo o que fazer nas horas certas e fazendo as coisas certas nas horas erradas.
Acabo usando uma tática infantil e ao mesmo tempo idosa, de incomodar quem eu quero chamar a atenção para minhas qualidades.
Como, agora, eu desperto a sua atenção? Já que deixei você passar, e você me deixou, e ambos nos deixamos com nosso ticket na mão, aguardando a próxima parada que nós não sabemos aonde descer...


ASS: Pedro Gazzinelli

Filosofias de Parede



De repente me olho diante do espelho, adoro o jeito que eu me vejo, surrado, amarrotado, procurando um remédio para sarar a dor de cabeça que sinto. Vivi ontem o que pessoas não vivem em mil anos, aprendi ontem o que nenhuma escola vai me ensinar em milênios, e tudo o que eu quero agora é me recuperar de um pecado cometido.
Experiências foram aprendidas, filosofias ensinadas e passadas, não só nas paredes, como nos bares e praças.
Sonho com um futuro incerto, sentado com meus amigos podendo falar o que realmente importa, isso se importar para você o fato disso significar algo para mim.
Sinto o vento no rosto, a sensação de dever cumprido.
Fazemos parecer fácil e engraçado situações que foram doloridas e complicadas.
Aprendemos que mais triste que um sorriso triste é a tristeza de não saber sorrir. Aprendemos a colorir a vida, aprendemos que até situações diversas e contra servem para nos fazer crescer, esboçamos nossos sentimentos em forma de poesias alegres, poesias tristes, poesias nada a ver, textos engraçados.
Descobrimos o que é acordar na cama do dia seguinte, tiramos a conclusão do que é ser fiel à felicidade.
Sentimos dificuldades de escrever, outrora sentimos facilidade em compor textos, nunca desistimos de disfarçar situações cotidianas para te fazer sorrir, aprender, sonhar e se sentir amparado.
Esse canto serve como um refugio para quem se sente desabrigado, podemos compartilhar e mostrar que somos todos iguais, e que por mais absurdo seja o que você estiver vivendo, existe quem tem historias mais absurdas que você.
A parede não é só mais um conto de fadas, ela é real e um recomeço para a liberdade.

Ass: Diogo Coelho



Disfarçando minhas reais intenções interesseiras e minhas facetas violentas com minhas diversas desavenças com a vida em geral, eu escrevo para sorrir.
Reclamo das minhas limitações como ser humano, como em uma briga interna, que travo com meu reflexo em minha imagem embaçada, como em um espelho de banheiro pós banho.
No fundo, sabemos que tudo não passa de um mero retrato de uma desculpa que damos para nós mesmos por não alcançarmos as proezas que idolatramos.
Pensamos, escrevemos, sorrimos e choramos na dificuldade que temos de transparecer nossas reais facetas de primatas que somos, e que nosso intelecto nos incomoda em desmentir.
Fundimos nossos modos antes tão distintos, em uma crítica romântica, real e pesarosa, mas que no fundo se resume em um sonho comum de transparecer o que, na verdade somos, e o que tentamos esconder.
Choramos com nossos cigarros solitários para tentarmos extravasar a raiva que, no fundo, sentimos de nossos inúmeros erros e não temos forças para mudar.
Criamos, observamos e às vezes nós escondemos atrás de caricaturas para tentar esconder a nossa faceta obscura.
Quebramos nossos paradigmas para tentar mostrar para terceiros o que queremos e pensamos sem pudor e com a eterna vontade de conquista.
Se escrevemos o que conseguimos captar da alma, devemos a nós mesmos por termos a capacidade de extrair as nossas profundezas em comum com nossos pensamentos.
Somos todos embaraçosos com nossos corações, que não facilita nossa compreensão, e que nos trava perante nossos maiores sonhos.
Erramos mais a cada dia, e nem sempre aprendemos com eles, porque às vezes não adianta aprender com situações únicas.
Choro de raiva por ser um apaixonado declarado para esquecer a minha barreira contra a paixão.
Jogamos pedra na parede para testar o quanto ela é sólida, e descobrimos que a parede soca nossa cara para aprendermos que a solidez é nossa conquista.

Ass: Pedro Gazzinelli

20 de novembro de 2007

Escada III


Quero você para satisfazer minha expectativa de alegria.
Meu refúgio seguro da alma lúdica de criança que eu procuro guardar, e que sela minha personalidade forte com minha insegurança só, que eu mantenho em sigilo, já que sempre fui uma criança sozinha.
Quero você para compartilhar as minhas aventuras solitárias em programas que os demais vão em casal, mas eu aprecio o meu pensamento esvoaçante, que procura um abrigo seguro em alguém que suporte as minhas diversas manias saudáveis e meu senso de humor crítico demais.
Quero você, que eu sonho e agora sei quem é, não porque acho que você me completa, mas porque eu procuro completar alguém e tornar essa pessoa feliz para provar a mim mesmo que posso fazer os outros felizes, e essa felicidade me bastaria.
Procuro em você aquele contrapeso que preciso, para que eu não mais precise entreter os demais com as minhas diversas facetas e entreter apenas você com a faceta que você mais desejar, já que eu reparo em tudo, e portanto, vou tentar conseguir satisfazer desejos banais, porém essenciais para qualquer um que aprecie uma felicidade simples.
Eu não mais quero precisar das minhas diversas etnias que concilio, pois quero ser eu mesmo ao menos para uma pessoa, e gostaria que fosse você, que me faz perceber o quanto são desnecessárias essas minhas complicações amorosas.
Eu, então, só quero um apelo para que eu perceba, que, no fundo, eu sou apenas alguém incrivelmente atingível em seu estado despreparado para lhe mostrar, novamente, toda a baboseira inútil que eu sei.

Ass: Pedro Gazzinelli

Desabafo


Tudo parece conspirar contra meus sonhos, a vontade de desistir é inevitável.
Tenho desabafos do fundo da minha alma querendo sair,
Esta nas minhas mãos é a única esperança que vejo nesse momento.
Não sei se é desespero ou raiva, mas sinto vontade de socar ponta de faca para passar.
É inevitável esse sentimento depois de mais uma manhã fria
Nação sozinha, pessoas sozinhas, eu sozinho fazendo companhia para meu reflexo no espelho.
Faço mantras para me acalmar, orações incessantes a fim de acender a luz no fim do túnel
E mais uma vez tento levantar do tombo que sofri
Deixo o vento soprar, vento ventania guiando meu barco a deriva,
Tento achar a direção correta usando o céu como minha bússola
Um náufrago perdido na imensidão de seus sentimentos.
O que eu vou ser?
O que posso dizer se já não tenho palavras?
Toda a força que gastei para me acalmar me deixou exausto
Contrario as leis físicas, fico sem reação para a ação
Construo outro templo para um estranho
Dei meu coração para quem não merecia e acabei magoando quem se importava de verdade
Foi necessário me entregar para o sacrifício
Foi importante ter para onde olhar e desabafar
A parede mais uma vez é meu refugio nos dias de tempestade.
E mais uma vez agradeço ao carcereiro da minha prisão por ter me alimentado com inspirações de um poeta triste.

Ass: Diogo Coelho Pettersen

16 de novembro de 2007

Recomeço


Eu me sinto tão derrotado, eu me sinto um inútil, por dentro querendo pedir ajuda, por fora tentando parecer forte.
A ilusão é a coragem que o meu exterior precisa para transparecer felicidade, mesmo sabendo que será uma felicidade momentânea continuo usando dos meios mais artificiais para sorrir.
Aprisiono meu caráter e jogo a chave fora, o que está por dentro fica suprimido como em um casulo, tento criar coragem para pedir ajuda, sempre com medo de ser taxado careta, sempre com medo de ser amaldiçoado com suas palavras, então eu sinto que meus sonhos estão tão distantes.
Não posso fazer mais nada, como posso sonhar se sempre ando entorpecido com peças de um quebra cabeça que eu mesmo desmontei e agora não consigo voltar para o lugar.
Então vejo que a única solução é gritar por ajuda, gritar com a alma na esperança de alguém escutar.
Queria eu ser uma vitrola tocando pela madrugada na maior altura para todos escutarem que eu quero voltar, que eu quero libertar meu eu de verdade.
Sinto um vazio estranho, nada mais me preenche, nada mais me alegra, nada mais me cativa, apesar de ter quebrado o muro que construi aquela felicidade artificial me faz falta, e para conseguir me curar desse vazio tenho que conseguir viver sem ela.
Peço ajuda aos meus amigos, peço ajuda a mim mesmo e principalmente peço desculpa a minha vida e agora fica a esperança de que eu vou voltar a ser o que eu não deveria ter deixado de ter sido...


Ass: Diogo Coelho

13 de novembro de 2007

Fiel à Felicidade


Voltei à fase sem clarezas.
O que me parecia claro, no momento eu procuro embaçar para partir do zero.
Livrar-me de sentimentos bonitos e esperançosos para atividades puramente prazerosas sempre foi satisfatório em curto prazo.
Isso já me motivou a experimentar emoções realmente emocionais para me livrar, anteriormente, de prazeres fugazes.
Não tenho mais apego à ilusões insanas, pois meu pé se finca no chão ao menor passo.
Eu sou, de fato, um pesquisador da minha própria felicidade egoísta, e declaro isso como um alto elogio.
Não que a minha fase obscura seja inconseqüente e fria, mas ela já me fez favores de me livrar de pesos que carregava por puro apego emocional barato e sem boas conseqüências.
Acho, também, que esgotei minhas inspirações terceiras, e estou me aprimorando na arte de me auto inspirar.
Entristece-me, apenas, o efeito "diário" de minhas ilustrações.
Não que isso seja de todo ruim.
Apesar de diversas e divergentes inspirações, consegui, com o êxito procurado, escrever sobre as pessoas que me inspiraram e consegui transparecer da forma que tento aprimorar, meus sentimentos e minhas diversas divagações que impulsionam minha maior válvula de escape prazerosa.
Às vezes, como bem disse em minha autodefinição, tentei escrever sobre mim disfarçadamente, mas aprendi que a minha máscara por detrás dos meus expostos pensamentos nunca me disfarçou, e no fundo, o meu objetivo era esse mesmo, externizar minhas inspirações e me declarar, mesmo que fugazmente, à todas as razões que me fizeram refletir e, a minha maneira, me declarar completamente para aqueles que se identificam como as minhas reflexões.
Na verdade, todas as minhas declarações escancaradas às minhas musas inspiradoras me trouxeram uma inspiração que eu sempre tentei negar por entender que ela não devia ser externizada.
Tentei disfarçar, na verdade, e sempre, que eu sempre me inspirei em mim e nunca fui um bom entendedor da alma alheia, mas que identificação é gerada por um fato banal.
Todos nós procuramos e almejamos os mesmos objetivos, mesmo que de maneiras distintas.
A minha ideologia de vida, que eu sempre disse não ter, foi aprimorada mais do que nunca, e externizá-la, às vezes de forma forte e sem pesares, é, no fundo, o que eu mais proclamo a todos.
O que você escreveu?
Escrevi: Fiel à Felicidade.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

12 de novembro de 2007

Retrato de uma desculpa


Muito bem, mais uma vez sozinho com meu cigarro, gritando por dentro, pedindo para que saia, pedindo para que respire mais uma vez e que depois morra para que seja eternizado, é assim que escrevo, dou vida aos meus sentimentos só para poder mata-los mais tarde em forma de poesia que viraram imortais páginas.
Vejo uma guerra de trincheiras, daquelas que nos escondemos em buracos e atiramos, esperando que o tiro acerte em alguém para poder vencer a batalha.
Aperto o gatilho da vida esperando atingir o papel, porém, tudo que consigo ver são as páginas em branco que nem ao menos pude rasurar.
Meus pensamentos gritam por liberdade,
Embriagado na inércia só vejo linhas escritas nos meus sonhos.
Me falam de alma,
Me falam de futuro,
Me falam de coisas que eu não consigo entender por não conseguir dar vida aos mais sinceros e límpidos poemas.
Espero a cada segundo a cada instante, escuto minhas musicas mais nada a ver esperando escrever algo nada a ver para que você possa ver que tem tudo a ver com o que você está sentindo.
Escrevo meus desabafos vivos que vão morrer depois de escritos para que você possa se sentir útil de novo.
O que fazer nessa prisão de idéias?
Como conseguir escapar dos demônios que estão a minha volta?
O que fazer nessa batalha contra mim mesmo?
Quero escrever,
preciso escrever para assim me sentir vivo novamente.
Enquanto isso só vejo uma solução.
Acenderei outro cigarro.
Me viciarei em nicotina e irei esperar pensamentos vivos para que eu os possa martirizar em versos tristes que irão alegrar seus dias.


Ass: Diogo Coelho

RELÍQUIAS: CAPÍTULO 2- O Espelho da Alma


Eu nunca acreditei em Amor a primeira vista.
Também não gostava de pessoas que conhecem pares perfeitos.
Para mim, basta um olhar sedutor para uma conquista completa.
Eu nunca seria seu par perfeito.
Mas acredito piamente que seria seu par perfeito instantâneo.
Os seus lábios se afastando em cada tragada que você dá, em seu hábito repugnante que eu compartilho, são semelhantes à jogos sexuais completos em minha mente.
O simples suspiro resultante de um forte gole em uma bebida exótica, que eu assemelharia a algo completamente destinado a um fim higiênico do lar, me sugere uma vontade extravagante de saciar minha sede com sua saliva acentuada.
Os seus atos complexos me completam em uma só noite, me motivando a repensar meus conceitos.
Eu não quero amar você.
Pois você assustadoramente me remete a um espelho.


Ass: Pedro Gazzinelli (12/11/2007)

RELÍQUIAS: CAPÍTULO 1- O Esconderijo da Alma


Porque você acha que eu serei diferente?
Ás vezes você pode acreditar que eu só escreveria isso pra você enquanto eu mesclo inspirações inspiradas em sua simples presença.
Portanto, me esqueça para que eu não necessite mentir para você.
Eu posso amá-la por um dia triste em minha vida e me afogar em meu caderno e nós inúmeros personagens que eu criei para deixar a minha vida grandiosa como alguém gostaria que sua existência fosse.
No entanto eu me espelho nos meus personagens para tentar ser um deles e torná-la a minha musa particular e inspiradora, como eles têm as suas.
As vezes, então, você pode esperar um final feliz em minhas resenhas tristes, mas cheguei a conclusão de que os textos mais tristes são os mais reflexivos e bonitos.
Portanto, esqueça a idéia de me entreter, pois eu vou acabar te esquecendo como uma lembrança triste, pois as lembranças tristes são eternas.
Eu não sei quem você é.
Mas eu sonho com você todas as noites.

Ass: Pedro Gazzinelli (11/11/2007)

5 de novembro de 2007

Coluna 4: Juiz de Fora


Minas têm 853 municípios.
No entanto um deles, em especial, foi me questionado por um amigo.
Juiz de Fora.
Ele me explicou sua teoria e aquilo me interessou.
Quando visito, ou simplesmente conheço alguém de Juiz de Fora (salvo raras exceções) a impressão que tenho é que aquele cara é um carioca refugiado.
A cidade está longe de ser bonita, esta longe de ser uma cidade litorânea, está, em suma, longe do Rio.
Acontece que eles não pensam assim. O "x" está presente, a bermuda está presente, o chinelo está presente, a cultura carioca está presente.
Juiz de Fora é rejeitada pelo Rio por ser mineira e rejeitada por Minas por querer ser carioca.
O paralelo mais interessante é o número de homossexuais na cidade, que pode ser facilmente explicado por esse posição geográfica ingrata e essa falta de identidade estatal.
Sem resquícios de preconceito por minha parte e apenas constatando fatos, o que acontece é que o homossexual, via de regra, é uma pessoa excluída da sociedade. Excluído por vários lados opostos da sociedade.
Juiz de Fora é excluída.
Juiz de Fora é o paraíso homossexual.
Faz sentido, todos nós adoramos pessoas que compartilham nossos problemas.
Se somos excluídos mesmo, vamos embarcar na onda e sermos excluídos com veemência.
Enfiar o pé na jaca com força.
A situação inversa também é viável.
Carioca é preconceituoso, não gosta de gay, não gosta de Juiz de Fora.
Mineiro é ultra tradicional, não gosta de gay, não gosta de Juiz de Fora.
Juiz de Fora é, em suma, um lugar a ser pesquisado.
A baixa estima deve reinar por lá.
Não me surpreenderia, daqui a alguns anos, se Juiz de Fora virasse nossa Noruega, Dinamarca, com alto índice de suicídio.
Precisamos salvar a população de Juiz de Fora.
Antes que seja tarde demais.


Ass: Regies Celso Selsi Lincolly e Diogo Coelho

29 de outubro de 2007

Escrevo


Escrevo como válvula de escape.
Essa é minha resposta aos que perguntam o porquê de meus textos.
Escrevo para deixar meus pensamentos externizados, sem compromisso com a compreensão.
Escrevo o que sinto na hora, pois se deixar pra depois, provavelmente não sentirei mais.
Escrevo a vida, a minha vida, e meus amores.
Escrevo para as pessoas, mas como tenho dificuldade em me declarar, sofro com belos textos que escrevi para pessoas que certamente gostariam de conhecer tal homenagem.
Escrevo para me redimir da minha frieza, e transparecer um calor tremendo.
Escrevo pra me declarar secretamente.
Escrevo para demonstrar minha falsa pretensão intelectual.
Escrevo para tirar um peso do meu coração.
Escrevo para ser eu mesmo sem ter que fazer média com os valores sociais.
Escrevo o que penso, e escrevo sem remorso, pois escrevo para os meus amores, passageiros ou não.
Escrevo para aqueles que se identificam com as diversas situações cotidianas que abominamos ao longo da vida.
Escrevo para me orgulhar.
Escrevo. E só.


Ass: Pedro Gazzinelli

26 de outubro de 2007

Teoria Descontraída


Nunca entendi muito bem a áurea de um xaveco.
Ok. Beleza, todos concordam que um caso clássico como o Dhomini dando um malho na Sabrina Sato foi a arte do gogó.
No entanto, acho extremamente válido alguns diálogos: Vamo? Vamo!!
Enfim, a sedução é uma preliminar de uma preliminar, por isso que a algumas pessoas perdem o tesão por outras depois de terem algo com elas.
Foi tão difícil, tão sedutor, tão tudo, que a expectativa foi melhor do que o resultado.
Primitivo até.
O Pavão macho tem grandes penas, lindas e tudo mais para conquistar a Pavoa fêmea, que cá entre nós, mais parece uma galinha detonada. O Leão tem uma juba enorme, enquanto a Leoa é um gato crescido.
O Homem não.
A Mulher é muito mais charmosa, mais elegante, tem muito mais domínio de seu corpo.
O Homem não tem nada disso. Homem quando fica adolescente, a voz fica uma merda, o cara fica desengonçado, fica tudo esquisito.
A Mulher não, já tá tudo OK!
É algo até cretino. É semelhante à indignação pelo fato do Pavão macho ser o par da Pavoa.
Então o cara tem que fazer alguma coisa, nada vai melhorar.
Foi aê que alguém inventou o xaveco, que se assemelha a juba, as penas...
Só que nos humanos saiu de forma grotesca. Poxa, tudo bem, que nós dominamos a fala, mas o Pavão não precisa "falar" nada pra Pavoa. Ele é foda, e é isso mesmo. O Leão idem.
O Homem não. Esse tem que convencer a Mulher de uma coisa que está obvia que ele não é.
Tem que se dedicar ao papo furado naquela preliminar da preliminar que, tudo bem, dá certo e faz parte da nossa cultura social.
Mas interesse não devia ter explicação. Isso é inexplicável.
"Olha só, te achei mô gatinha tá ligado?"
Deve ser broxante.
Aquele momento. Olhei. Espetáculo.
Tem que explicar?
Pensamento: Bem, vou começar por aquelas perguntinhas cretinas e básicas, depois vou tentar faze-la sorrir e partir pro abraço.
Diálogos explicitamente com segundas intenções deviam ser mais conclusivos para a sedução não ser esgotada no primeiro ato e sim se estender durante os demais. É muito mais interessante a sedução durante uma relação (seja ela qual for) do que na pré-relação.
Acredito ser por isso que namoros e casamentos acabam.
A sedução foi totalmente esgotada durantes os 20 minutos de papo furado de xaveco.
Isso me deixou fluir uma teoria que casamentos não devem ser realizados depois de namoros longos.
Casamento tem que ser no furor da Paixão, quando está tudo no mais alto nível, intenso. Casamento tem que ser vivo, morar junto tem que ser arrebatador. Depois de 10 anos de namoro não haverá surpresas, não haverá nada diferente, nem entusiasmante.
O Homem inverte tudo.
O Pavão é muito mais legal.

Ass: Pedro Gazzinelli.

24 de outubro de 2007

Coluna 3: A Justiça.


Condenaram o sujeito que matou a missionária Dorothy Gestautdhjbters.
27 anos, de novo.
Isso me fez refletir com base em meus conhecimentos jurídicos an passan, de que o judiciário, e todo sua base de funcionamento é, de fato, uma bosta.
Como um assassino condenado a mais de 20 anos tem direito a um segundo Júri, o cara enrola eternamente pra ir pra cadeia. Depois ainda rola um Tribunal de Justiça (Segunda Instância, para os leigos).
Acontece que o Tribunal de Justiça é composta por uma centena de velhinhos, que foram tocados por algum dom divino, já que tem absoluta certeza plena de que são Deuses. E esses mesmo velhinhos votam, via de regra em grupinhos de 3, a vida das pessoas.
Funciona da seguinte forma:
Velhinho 1- Relator: Pega o caso do cara que matou a missionária, passa para o estagiário que escreve qualquer merda.
Velhinho 2- Revisor: Nem toma conhecimento, vota acompanhando o estagiário do Velhinho 1.
Velhinho 3- Vogal: Nem toma conhecimento de nada. Nem sabe do processo. Seu estagiário vota de acordo com os outros dois estagiários.

Após esses votos, acontece uma solenidade, que se chama “Sessão de Julgamento”.
O Advogado do Assassino, ou de qualquer outro caso, fala pra os velhinhos, tentando modificar o voto deles, em prol de seu cliente.
Enquanto o Advogado fala, os Três Velhinhos dormem, na maior cara de pau, e o Velhinho 1 acorda quando se faz silêncio, o que significa que o Advogado terminou (Funciona, mais ou menos, quando você está dormindo com a TV ligada e acorda quando alguém a desliga).
Quando o Velhinho 1 acorda, ele finge que prestou atenção, e elogia a sustentação oral do advogado, mas, que, já tem uma posição tomada (que ele nem sabe se vai favorecer os interesses do locutor a sua frente), e lê o voto do estagiário.
Quando ele termina, o Velhinho 2 e o Velhinho 3 acordam e votam de acordo.
E você foi pra cadeia.


Ass: Regies Celso.

22 de outubro de 2007

Minha Escada


Me dê apenas mais uma frase como combustível para a minha ilusão de que você me quer loucamente e insanamente.
Só mais uma para que eu me reabasteça de esperança e solte todas as minha inspirações, revelando quem são as minhas diversas musas inspiradoras.
Hoje e principalmente, agora, eu só queria você como minha musa particular com seu perfume marcante e seu jeito de falar que eu sonho cada vez mais alto.
Tome a iniciativa, já que você me esmaga com sua logística simples, e eu complico tudo e acho tudo chato e superficial demais.
Eu me projeto em você agora, ok? Portanto, seja diferente das demais pessoas burras e vulgares que eu conheço e seja apenas isso que eu olho e me apaixono cada dia mais.
Abandone meu trauma que se concentra em um prazo de um mês, prazo esse que não consigo bater.
E seja minha paixão eterna enquanto dure.
Mas dure um pouquinho mais.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

5 de outubro de 2007

Colarinho.


Não conheço ninguém com esse nome.
Não me obrigue a escrever o que não gosto, nem me obrigue a agüentar a vida sóbrio.
Não me pergunte algo embaraçoso, para eu não saber responder!
Não me comprometa.
Não me iluda com suas falsas recomendações de cuidado.
Fique um pouco mais calada, afinal, coisas vazias fazem muito barulho.
Não me venha dizer que o seu time nunca perdeu do meu.
Nem que essa cerveja fudida é boa.
Só tem água.
Então me deixe pedir o que eu quiser, e gastar o tanto de dinheiro que eu quiser.
Deixe eu deixar essas contas malditas, que eu não sei de onde tirar o dinheiro pra pagar, pra bem depois.
Deixe eu gastar esse dinheiro reservado pra conta do celular em outras coisas...
Me deixe ser feliz sem remorso.
Me deixe te esquecer.
Mas seu remorso de me perder é algo semelhante a um orgulho mágico que ilude as pessoas.
Então me deixe ser tudo que eu mais quero ser.
E não me culpe por nada mais.

Ass: Pedro Barros.

1 de outubro de 2007

Só mais uma história de conto de fadas



Só mais uma historia de conto de fadas,
eu e você
a história sem fim,
o bem e o mal.
E lá no canto do jardim uma flor de lotos querendo abrir
Caminho por entre cajueiros com troncos torcidos
Meus pesadelos continuam me perseguindo
Será que esse será mais um final feliz?
Você chega e eu percebo que não a diferença entre a razão e a emoção...
Um é a vida o outro é o querer viver,
sentados no banco do parque jogando milho aos pombos,
esperando nitidamente que algo melhor lhes aconteça,
Sem bruxas malvadas, aonde o único mal é o meu querer demais....
E lá no canto do jardim uma flor de lotos querendo abrir......
Imploramos pelos cuidados de Vênus,
sabendo que nunca iremos ter a serenidade que almejamos
Você, mais linda que a Deusa do amor desperta inveja
E eu já estou no fim da minha jornada, no fim da escalada,
E por isso rezo a cada dia para que você não seja castigada por amar demais
Não que eu irei morrer, mas irei dormir profundamente dentro de meus sentimentos
E não saberei a hora de acordar!
E lá no canto do jardim uma flor de lotos querendo abrir
Queria ter asas para poder voar e além do horizonte poder cantar
Todos os anjos escutarão o que passei para ouvir o mel da sua voz
E o cheiro de rosa vindo do seu perfume
Mas como não tenho, me contento em te comparar
com o brilho do sol,e a luz das estrelas
Chego ao ponto de achar que perdi minha sanidade
Começo a parar de enxergar o que está na minha frente
E começo a enxergar o que está no meu coração
E lá no canto do jardim uma flor de lotos querendo abrir
E agora eu vejo que a “dança do meu diabo com o seu demônio
no túmulo do violinista está longe de acabar”,
Quero sempre mais do que posso ter, busco sempre a finitude do meu infinito
Mesmo sabendo que andar em círculos não me levará a canto nenhum
Me diz como, por favor apenas me diga como fugir desse ciclo vicioso do amor?
E lá no canto do jardim uma flor de lotos querendo abrir
Está na hora de te proteger, mas para isso acontecer me falta forças
O seu bem depende do meu mal, e o meu mal depende apenas de mim
Será essa a duvida que perpetua os poetas? Será por isso que todos estão mortos?
O fim está próximo e espero sinceramente que para isso acabar possa te despertar
Te levantar com um beijo, ser realmente um cavalheiro que salva a sua donzela
E lá no canto do jardim uma flor de lotos querendo abrir
As vezes me imagino em um quarto com apenas uma mesa e uma cadeira
Sentado ali, com meu cigarro tentando não chorar por ter feito o que fiz
Esperando a qualquer hora que você entre e me tire dessa rua da solidão
Não que você tenha me deixado, mas sim porque eu me tornei invisível para você
Não que você não me veja, pelo contrário, você me possui igual nunca,
E é por isso o meu desespero, por você me possuir, eu já não existo mais
E lá no canto do jardim uma flor de lotos querendo abrir
A completude que era nós, hoje se tornou você, o futuro que sonhamos ontem
Hoje já é o passado do amanha e é isso o que me atormenta
Estamos juntos, tão juntos que acabamos separados por nossos egos
Temos a certeza do para sempre, temos a visão do agora
e eu vejo o quanto estou com medo dessas coisas
Não posso mais crescer, vivo uma vida eterna envelhecendo na frente do espelho
E lá no canto do jardim uma flor de lotos prestes a se abrir
Estou desesperado, tomei a decisão mais difícil da minha vida
Decidi a me decidir entre eu e ela
Escolhi ela, por isso vou ter que transforma minha vida em um vento norte
e me deixar levar pelos caminhos do mundo
Cansei de ser pequeno, cansei de chorar em vão e não ter coragem de tomar a decisão
Deixei de ser seu cárcere privado e passei a ser sua liberdade
As coisas podiam ser diferentes, eu poderia ter sido um covarde e ter permitido que você estivesse na jaula dos leões no meu lugar,
poderia ter deixado você perceber que o amor nos aprisionou
poderia ter feito como diz o poeta morto que chora pela ausência de sua amada
Que clama por ela ter o deixado, mas apesar do seu sofrimento sabe que a culpa não foi sua
“Ai de mim, meu amor, você diz adeus!
Limpe o veneno da minha fronte.
Ai de mim, meu amor! Esta noite criminosa
Abandona-me como a uma criança adotiva.
E no momento em que eu faço minha promessa,
Estes anjos adormecem aos meus pés.
Neste momento você nem sabe o quanto
O meu espírito quer fugir."
Um homem, lutando contra a noite,
Suportando multidões sobre si,
Ele havia deixado sua glória e se esvaziado.
Nenhuma vigilante vela ardente
Poderia iluminar o caminho,
As trevas golpeiam a terra
Como uma estrela cadente.
Ele luta até o amanhecer
Contra o seu próprio espírito
E contra anjos das trevas”
E lá no canto do jardim uma flor de lotos prestes a se abrir
Levanto os olhos para ver o que restou do desespero de minha amada,
Mal sabe ela que o desesperado sou eu,
é como se eu estivesse em cima do meu coração
e meu coração em cima de cacos de vidros
e eu com meu peso cortando ele cada vez mais para sangrar
E clamo para que ele pare de bater,
mal sabe ela que o sofrimento é meu,
o sofrimento sou eu,
ela sente apenas uma tristeza momentânea
E lá no canto do jardim uma flor de lotos prestes a se abrir
O cintilar dos astros mais belos do mundo posso sentir nesse momento em minha vida
Pela primeira vez se sentiu liberto, numa sensação de dever comprido
O dia sempre amanhecia junto a batida das ondas do mar nos rochedos
Naquele dia o sentido da vida fez sentido....
A flor de lotos se abriu!!


Ass: Diogo

13 de setembro de 2007

PERSEGUIÇÃO



Envolto a neblinas e tempestades, tento ver o que esta acontecendo
Quero ser igual águia e do alto tentar entender o porque
de tanta morte de tantas guerras de tanta destruição sem razão
Vamos tentar ressuscitar nossos heróis e com eles continuar a cantar
Tanques de guerras, crianças matando esse é o caminho q estamos traçando
Ficamos passivos como avestruz, com a cabeça na terra banhada de sangue
O porque de tanta luta em vão? Vivemos numa eterna podridão
Vamos tentar ressuscitar nossos heróis e com eles continuar a cantar
Se seus olhos vermelhos não vêem o sol brilhar, esta na hora de parar pra pensar
O motivo que nos leva a destruir, o que deus nos deu pra construir
Ouça com atenção o que a natureza tem para falar, ela quer te ensinar
Vamos tentar ressuscitar nossos heróis e com eles continuar a cantar!!!


Ass: Diogo

3 de setembro de 2007

Destino


Inebriava com seu perfume adocicado.
Logo eu que detesto perfumes adocicados, ficava horas sonhando com as diversas nuances do seu cheiro.
Ele acabou perdendo a graça, um dia.
Nada demais, no entanto você quebrou a magia e a áurea de que eu havia criado em torno de você.
Virou uma mortal, igual as demais e eu passei a admira-la como uma pessoa atingível, e não mais como uma pessoa que fica bem até com perfume adocicado.
Nunca mais cogitei achar você em ninguém, pois você é inatingível até em seu estado sem graça.
Agora retorna aos meus pensamentos como aquele mito do passado.
Me deixando com dor de cabeça, náuseas, e falando pelos cotovelos para tentar disfarçar o nervosismo que me abate com a sua simples presença.
Mas ao tocar seus lábios pela primeira vez, percebi que seu perfume adocicado se foi, e algo cítrico invadiu minhas narinas.
Me relembrando como você era inatingível, e continua sendo mesmo em meus braços.
Você, realmente, se renova como ninguém.


Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

13 de agosto de 2007

Não gosto mais de quem eu gostava antes.


Não gosto mais de quem eu gostava antes.
Sei lá, perderam o brilho no olhar de quando olhavam para mim.
Sei que isso parece um tanto quanto subjetivo, mas gosto de ver alegria nas pessoas quando elas me vêm. É péssimo encontrar alguém que não sorri quando te vê, ou que não lhe acena, como um amigo que você não vê há tempos, mas que nunca deixou de ser amigo.
Amigos ficam anos sem se ver, e quando se vêm, parece que foi ontem.
Eu não gosto mais de quem não me abraça quando me vê. Eu não gosto mais daqueles que não se levantam pra me cumprimentar quando eu chego, e se não me dirijo a eles, tanto faz como tanto fez.
Eu não quero mais receber ligações de quem não consegue conversar mais de vinte minutos.
Quero meus amigos sinceros, que sabem tudo ao meu redor, que me ligam sem obrigação e que se levantam para me dar um abraço mesmo se tivessem me visto ontem.
Quero ver televisão e isso ser o melhor programa de sábado à noite.
Quero beber vodka e rir de um amigo meu que só da azar.
Quero tomar cerveja com meus amigos domingo de tarde e ir embora cedo porque trabalho na segunda, mas com a sensação de dever cumprido.
Quero comer salada, pagar caro por ela, e achar a melhor coisa do mundo.
Quero dividir um cigarro com meu amigo, como um bêbado cambaleante.
Quero gritar mais alto que os outros.
Quero esgoelar minha música preferida.
Depois disso quero que ninguém me discrimine.
Pois posso vê-los raramente.
Mas eles se levantam pra me abraçar quando eu chego.
Eles me olham nos olhos e sabem o que eu estou pensando.
Eles sabem quem me deixa triste.
Eles sabem o que eu quero e o que me deixa triste quando estou bêbado.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

18 de julho de 2007

Escada



Retorno da festa.
No entanto você nem me olhou.
Fingiu não notar minha perna suavemente encostada na sua quando me sentava ao seu lado, tentando criar um clima inexistente de romance.
Flertou daquela maneira irresistível com outros na minha frente, mas nem se dirigiu o olhar a minha reles posição de ébrio.
Evitou me dar respostas simples para perguntas simples que envolvem assuntos complexos.
Definitivamente, com toda minha pretensão de inteligência arcaica, que enxerga e estereotipa a inteligência como o avesso da esportividade, você não me deixa brecha para que eu lhe demonstre toda a baboseira inútil que eu sei.
Os seus pensamentos simples me desconcertam com uma sutileza capaz de fazer com que no mais alto do meu salto alto de arrogância eu me despenque e fique minúsculo diante de uma simplicidade tão espetacular e bucólica.
Me dê apenas uma sobra, faça o ator escada apenas uma vez, para que eu lhe fale algo, ao invés de me derrubar sempre com essa simplicidade que esmaga a minha inteligência inútil.

Ass: Pedro Gazzinelli

15 de junho de 2007

A Nova Onda


Cheguei a uma conclusão.
Tenho pouco saco pra conceito prévio de pessoas intelectuais.
Sim, digo conceito prévio porque hoje em dia preconceito virou sinônimo de aversão, o que é errado. Posso ter um preconceito de alguma coisa e gostar dela.
Mas enfim, os conceitos prévios que me refiro são basicamente musicais e cinematográficos.
É impressionante! Quanto mais conhecida a banda, ou o diretor de cinema, pior.
Bom mesmo é aquele diretor excelente do Irã, e aquele disco underground que o Sonic Youth gravou antes de assinar com a gravadora.
Porra! Fico revoltado com essas coisas, porque não concordo em ser um alienado musicalmente nem cinematograficamente falando, mas a contraponto não quero ser um desbravador de filmezinhos cult pra dizer que entendo de música e/ou cinema. Eu quero poder falar que me divirto vendo American Pie sem ser taxado como um plalyboyzinho que não sabe os enredos da cultuada sétima arte.
Eu quero falar que eu curto ouvir “Mais uma vez” do Jota Quest e não ser visto como um verdadeiro idiota que não viu a apresentação da PJ Harvey e da Herbie Hancock no Tim Festival.
Eu quero falar que eu gosto do Metallica com o Jason no baixo e não ser taxado como um idiota “new metal” que não viu o verdadeiro baixista, o Cliff, detonando nos primórdios.
A sistemática é simples, quanto mais entendedor de um assunto você for, mais coisas malucas e desconhecidas você vai gostar e cultuar. Não dá pra entender de música se você gosta de Foo Fighters, por exemplo. SE você realmente gosta de música a única coisa famosa que você pode gostar é no máximo um dos últimos cd´s dos Beatles. Porque era algo transcendente da realidade, com um instrumental apuradíssimo.
Se você gostar de Tarantino, você é um puro idiota Pop, que não conhece os verdadeiros ótimos filmes B que o Tarantino se inspirou para rodar os filmes dele. O Tarantino é um plagiador idiota. Bom mesmo é Meiko Kaji. Que???? Você não conhece? Ta por fora baby!!!
A onda é tipo Indie, quanto mais “alternatyze” melhor!
O estranho é que às vezes os intelectos avançados se apropriam de grandes nomes pra construir toda uma teoria em cima da obra daquele grande “gênio”. Um exemplo é como funciona um senso comum entre os intelectuais: a idolatração de Nelson Rodrigues. Gênio! Excelente! Se eu expressar a minha opinião de que ele não passa de um tarado ninfomaníaco virei um bosta da geração Pêra com Ovamaltine.
Mas com dizia o próprio Nelsão: A unanimadade é burra.
O dia que for unânime, o próprio Nelson virará uma anta banalizada pelos pseudo-inteligentes de óculos aro grosso.

Ass: Regies Celso.
Detestando cada vez mais o calor dos trópicos.

13 de junho de 2007

Eu Te amo


Eu te amo.
Muito, mas muito pra ser dito em 3 palavras.
Sinceramente, acho que deveria ter que ser obrigado a tirar brevê pra poder dizer isso a alguém que se relaciona amorosamente.
Um casal.
"Eu te amo" é uma simplificação de "compreensão, perdão, devoção, atenção, carinho, sinceridade, dedicação, afeto, tesão, confidência, sacrifício, felicidade, felicidade e felicidade" "Eu te amo" é uma das poucas declarações que não necessita de adjetivo. Se se ama, se ama muito. Ninguém ama pouco. Ou ama, ou não ama. O fato de não necessitar de adjetivos, torna o "Eu te amo" uma declaração única, e não descartável. Quando se fala "Eu te amo" para alguém, os adjetivos implícitos vêm naturalmente: "Conte comigo" "Estou do se lado" Confio em você" "Quero só você". Por isso o "Eu te amo" não deve ser ser usado por alguém que gosta de alguém. Não deve ser banalizado por paixões pequenas e passageiras. "Eu te amo" simplifica todos bons sentimentos em três palavras fortes, e as palavras, as vezes machucam, porque não tem volta. Por isso nunca se deve falar "Eu te amo" para quem você não tem certeza que ama. As palavras não voltam, mas os sentimentos sim. Por isso não deve se ver o amor passar e não voltar. Amor não passa, a paixão sim. As vezes, achamos que amamos, e aí, erramos. Quando o amor acaba, é por que não era amor, e sim paixão.
E o "Eu te amo" é pra quem não volta, não volta atrás. Ninguém deixa de amar. Amar é ver alguém feliz.
Por isso se sofre quando alguém que se ama não esta feliz. Independentemente de tudo, e de nada. Amor não impõe condição. Se ama naturalmente. E amor não pede nada em troca.
Se sofre se não tem nada em troca.
Eu te amo de graça.


Pedro Gazzinelli de Barros.
Texto originalmente escrito em Novembro de 2006.

11 de junho de 2007

As minhas falsas recordações




Eu quero a beleza digna dos seus olhares fixadores em minha pobre alma ébria de álcool.
Eu sonho hoje com os diversos aromas que eu conseguia diferenciar na sua boca.
Eu só quero saber acariciar os seus cabelos de forma com que meus dedos não agarrem nos nós que eles dão.
Eu quero saber tocar nas suas costas sem lhe fazer cosquinhas, mas ao mesmo tempo, eu me ludibrio com suas gostosas gargalhadas, achando que está tudo bem.
O meu maior sonho é que você consiga virar o rosto quando você estiver indo embora.
Mas você sempre vai e segue em frente, me restando a opção de fechar a porta e me recolher aos meus pensamentos.
Minha maior alegria seria ver você correr atrás. Não porque eu sou orgulhoso, mas porque assim, minha pobre alma triste sentiria o maior e imenso valor que ela poderia sonhar.
Eu lembro que eu chorava ouvindo uma música quando você viajou.
Eu quero poder abraçar você e sentir o verdadeiro abraço, que eu nunca consegui sentir depois.
Eu quero a sua beleza bem simples, mas que me cativa a cada olhar.
Eu quero poder entender a próxima pessoa como eu entendia você, mas eu simplesmente não consigo alcançar a sua sintonia em alguém.
Eu quero conseguir escrever coisas bonitas pra você, mas acabo escrevendo lamentações que você nem irá ler.
Então eu fico apenas com esse meu sorriso bobo quando eu lembro de você.

Ass: Pedro Gazzinelli

18 de maio de 2007

Desabafo de uma cadeira amassada.

Não me conte dos beijos que você deu em outro porque isso não me interessa.
Finja que você me ama mais do que tudo, e loucamente apenas por um dia para que minha ilusão se complete com uma alegria infinita.
Chore falsamente na minha frente para que eu me sinta imensamente amado por você.
Me mostre fotos onde você não está sorrindo, porque assim eu tenho a falsa ilusão de que você está triste.
Odeio ver você sorrindo sem mim.
Exponha para todos que você é minha sem culpa e sem pesares, se entregando completamente e falsamente.
Corra para os meus braços quando me vir para que eu tenha a impressão de que você me adora.
Minta para mim, até que eu tenha a completa certeza que é verdade.
Deixe eu me iludir com seu falso amor, porque só assim eu sou feliz.
Me deixe te amar loucamente e tente me enganar loucamente.
Me faça uma surpresa, me dê um presente, me dê você, faça qualquer coisa que demonstre que você se importa.
Apareça de repente na minha casa, quebre minha rotina, me faça sair desse tédio, faça sexo comigo em local público para que eu sinta alguma adrenalina e não esse peso morto que carrego em minha alma.
Me reanime.
Me ame, seja você quem for.

Ass: Pedro Gazzinelli

Angústia


Eu canto sozinho fingindo ser um rock star pra disfarçar minha alma triste de poeta frustrado.
Eu saio andando sozinho esperando encontrar pessoas interessantes que não me cansem.
Eu encontro todas essas pessoas para que elas me alegrem em uma felicidade instantânea que eu tento prolongar.
Quem sabe com sexo, álcool, risadas ou algo que me entretenha e me faça esquecer do meu dia maçante.
Mas ao final de todos os dias eu só não consigo me lembrar de algo que realmente tenha me entretido ao ponto de embalar meus sonhos.

ass: Pedro Gazzinelli

10 de maio de 2007

Necessidade


Eu não preciso de você, nem de seus leves olhares provocantes.
Não que eles não me façam falta. Mas consigo achá-los, facilmente, em outros olhos.
Eu também não preciso do seu toque forte nas minhas costas porque seus atos sexuais são substituíveis e comuns.
Assim como todos.
Eu não preciso de você, nem de ninguém em especial, pois todos têm o que todos têm.
Qualquer uma me serve para acalentar esse frio que me entristece a alma quando acordo.
Eu não preciso dos seus lindos olhos e cabelos macios para meu enorme prazer visual voyeurístico, pois qualquer aparência me satisfaz.
Eu não preciso de você em nenhuma circunstância, pois você só me acrescenta as risadas simples e só profere frases que qualquer uma proferiria.
Eu gosto muito de você, mas gosto muito de outra igualzinha a você que eu vi ontem, na porta de algum lugar.
Eu não vou me submeter aos seus jogos sentimentais pois eu me afogo em baboseira sentimental, sendo que qualquer uma sabe jogar igual você.
Eu não quero saber se você me traiu com fulano ou cicrano porque qualquer uma me trairia dessa forma.
Eu não choro por você, mesmo admitindo a imensa saudade que tenho.
Pois qualquer uma me faz a falta que você faz.

Ass:Pedro Gazzinelli de Barros

27 de abril de 2007

A Vontade

Paredes manchadas, o sentimento de vazio, a cigarra fora da casa cantando para meus ouvidos murchos ouvirem.
Saio de casa em busca de barulho, mas tudo o que encontro é um vazio urbano que não enche minha alma com o cântico dos Deuses.
Entro na cela, o manjar das criaturas está posto, sento para me servir e conseqüentemente morro para poder viver de barriga cheia, que mais tarde irá explodir em vermes cósmicos de natureza incerta.
É isso que sinto, este vazio, essa confusão, a razão de que quando eu acordar novamente irei acender meu cigarro e a realidade de estar sozinho me preencherá por inteiro.

Ass: Diogo

24 de abril de 2007

Coluna 2


Tenho visto atualmente alguns ambientalistas excêntricos alarmarem sobre o risco de derretimento das calotas polares, efeito imediato do aquecimento global.
Seria uma imensa e trágica catástrofe global.
Todos concordam que devemos nos preocupar e diminuir o aquecimento, que o nível do mar vai aumentar, que não sei o que mais. Eu não.
Sob a minha ótica individualista e Belo Horizontina, acho que vai ser ótimo para mim e para o Brasil.
Vamos seguir Jack Estripador e prosseguiremos por partes:
Com o derretimento das calotas polares, o nível do mar irá aumentar e inúmeras cidades litorâneas irão acabar.
Perfeito.
Vamos lá! De norte a sul, uma a uma:
Amapá: Nunca tinha tido conhecimento que lá tinha praia até escrever esse texto e examinar o mapa brasileiro, foda-se se irá sumir.
Pará: idem
Maranhão: No alto de minha ignorância, acredito que o Maranhão seja um estado pobre, o máximo que irá acontecer se essa porcaria sumir, será uma escalada do Brasil no ranking da ONU, rumo a proximidade dos países ricos.
Piauí: Não sei nem qual a capital do Piauí, quanto mais a sua importância para o Brasil. Foda-se ao quadrado.
Ceará: Sempre se falou das lindas praias do Ceará, mas desde que eu me entendo por gente, também sempre se falou da pobreza do povo cearense, da seca, da zica, da merda que é lá. Nunca fui, mas se sumir, não vai me fazer falta. O ranking da ONU que nos aguarde!
Veio aqui no meu mapa de consulta: RN. Nem sei o que é.
PB e PE. Não sei qual é Paraíba e qual é Pernambuco. Aposto meus ricos reais que recebo de salário que os demagogos universitários brasileiros, em sua maioria também não sabem, mas ficariam putos de ouvir isso.
Alagoas: O máximo que eu sei de lá é que todos adoram o Collor. Um povinho desse tem é que sumir mesmo.
Bahia: O primeiro dos Estados que importam que eu queria chegar. Se Brasileiro tem fama de preguiçoso, deve ser em parte, ou em sua totalidade, culpa desse povo comedor de acarajé. O desaparecimento de Salvador, acabaria com a musica bahiana, com o Axé, e daria moral ao resto da população que se desvincularia desse bando de preguiçoso que acaba com a reputação do País.
Espírito Santo: Se existe um Estado insignificante e corrupto no Brasil, pronto, ta aê.
O Espírito santo não tem sotaque, não tem time de futebol e é o paraíso da picaretagem. Quer um diploma de conclusão de 3º ano sem nem saber ler? Quer fazer falcatruas, tráfico de drogas, tráfico de mulheres, tráfico do caralho a quatro? Tá em casa!
Vai com Deus!
Rio de Janeiro: Putz. Sotaque insuportável, jeitinho insuportável, maior favela do Brasil, maior índice de traficante, pivete, trombadinha e maloqueiro por metro quadrado. Escola de samba. Polícia corrupta. Pessoas corruptas. Estado sem valor moral, repleto de favelados que só aumentarão as estatísticas de que o Brasil é um país fudido. Além de ser um grande empecilho para a realização da Copa de 2014. E se a praia chegasse a Juiz de fora, ia ficar mais perto pra gente.
São Paulo: Estado cheio de maloqueiro, corintiano, assassino, assaltante, traficante. Repleto de presídios onde fica a escória Brasileira. Apesar de ser o Estado mais rico, é também lá que acontecem os grandes vexames da criminalidade no país.
Essa riqueza a gente dispensa. Ainda por cima, é cheio de japonês. Vai pro Inferno.
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: Nada contra, apesar do sotaque sulense ser meio irritante às vezes e da viadagem Gaúcha , não escolheria o dizimamento dos mesmos.
Mas como diria algum sábio: Pra fazer uma omelete tem que quebrar ovos, ou, pra fazer num sei o que, alguém tem que se fuder, ah sei lá!
Só sei que:
Minas teria praia próxima.
Acontecimentos esportivos internacionais seriam freqüentes sem a bandidagem que não mais assolaria o País.
Minas seria o Estado mais rico
Sem o bando de morto de fome do norte/ nordeste, não teríamos mais campanhas políticas vazias de assistencialismo barato pra saciar a fome desse povinho, e subiríamos de posição no Ranking da ONU!!
Ele que nos espere!
E que derreta logo esses Icebergs!
Nós estamos preparados!

Ass: Regies Celso

13 de abril de 2007

Coluna 1: 2010

Existe um jargão de boteco que reza que três coisas não se discutem: Futebol, Religião e Política. A julgar pelo andar da carruagem, com muita sorte, em 2010 conseguiremos unir nosso três assuntos indiscutíveis prediletos.
Com as atuais convocações do fashion Dunga, é de se temer, se o porco-espinho continuar no comando da seleção, qual será o nosso destino na copa do aguardado ano de 2010. Vai dar pano pra manga.
Outra, todos nós sabemos que o Joseph sei lá o que, também conhecido como Bento XVI, não vai durar demais, visto que já pegou o cedro tropeçando nas botas. Portanto, com alguma sorte o representante de Deus abotoará o paletó em 2010, para que aguardemos mais um conclave.
E, claro, como já é de costume, temos que, em pleno ANO DE COPA, apertar aqueles botõezinhos e colocar um sujeito no palácio do planalto.
Pois bem, após esse preâmbulo, era esse o ponto em que queria chegar.
É fato que hoje no Brasil temos um país politicamente dividido em dois pólos partidários: o PT e o PSDB. Apesar do PMDB ser o maior partido do Brasil na atualidade, quem dá as cartas são os dois partidos citados.
Levando em conta que Lula, a partir do esperado ano de 2010, passará o bastão para frente, uma vez que terá passado oito anos com a faixa entre os ombros, iremos eleger uma nova cabeça para administrar o nosso País.
É aí que entra o medo.
Vejamos por uma ótica bem prática. O Lula não pode mais concorrer, logo o PT, pólo 1, terá que lançar um outro candidato. O PSDB, pólo 2, tem dois candidatos naturais e um correndo a alta velocidade por fora. Se Geraldo Alckmin ou José Serra concorrerem novamente, provavelmente serão escolhidos numa eleição sem graça e com candidatos que o país não quer. É claro. Todos têm o direito de não gostar do Lula, mas trata-se da maior figura política do país, e o PT não têm ninguém pra ir lá botar banca pros Tucanos retrógrados. Sem contar que a disputa política, que é o nosso maior prazer na discussão, acabará.
Uma outra hipótese pode ser levantada ainda com a prerrogativa de que José e Geraldo sejam candidatos, ou um ou o outro. Vejamos:
Foi eleito para um mandato de Senador em 2006 um velho conhecido nosso que está doido para lavar a sua alma e concorrer a Presidente. Isso, o Collorido. Com alguma sorte, poderemos vislumbrar um segundo turno, Geraldo Alckmin e Collor. Seria lindo. O bacana é que o Brasil perderia totalmente o embate político de pólos partidários, afinal, quem o Pólo 1 apoiaria nesse caso?
A melhor solução de todas é abrirmos mãos de achar que vamos ter um Presidente decente e colocar um “meia bomba” que ganharia fácil e afastaria os fantasmas retrógrados e Colloridos das nossas mentes.
Instaurada a campanha!
Explicarei: O PMDB, atual maior partido do Brasil, é base governista do PT, mas nunca foi muuuito de Direita, e nem de Esquerda, portanto, se enquadra nos moldes de qualquer político. É quase um coração de mãe, sempre cabe mais um. E o filho pródigo a casa torna. Embora não tenha consciência se o dito cujo que irei citar é Pródigo ou não, visto número de soadas de nariz que dá em seus discursos, Aécio Neves já foi do PMDB. Isso mesmo, e inclusive experimentamos o gosto de Aécio Presidente durante alguns dias de algum ano que eu não me lembro, quando o mesmo era Presidente da Câmara pelo PMDB.
Abre parênteses para os completos leigos: a linha de sucessão no Brasil é Presidente, Vice-Presidente e após, na ausência desses, o Presidente da Câmara.
Enfim, retornando ao raciocínio, com Aécio no PMDB, o PT está salvo. Não terá que retirar da cartola uma figura política carismática e com chances de ganhar as eleições. Essa figura não existe no PT. Em contra partida, apoiar o PMDB é algo natural.
Com essa hipótese, a rixa política, tão saudável para o País, não acaba, já que Zé e Geraldo podem continuar correndo na disputa, ou um ou outro, e o embate com os dois partidões estará formado.
É a melhor opção.
O medo é do velho fantasma correr por fora, correr por fora e no debate final, um dia antes das eleições, na Globo, descubram que Aécio cheira pó.
Aí, já vimos esse filme.
Traga o Topete.

Ass: Regies Celso

4 de abril de 2007

Cama do dia seguinte

Tú.
Tá, tocou o despertador e estou levantando.
Já vai!!!!
O desejo de voltar para debaixo das cobertas e novamente sentir o cheiro que ficou ali de ontem.
Eu queria poder dormir novamente para ver se o tempo contribui com a minha estranha jornada de volta ao meu paraíso particular.
Aconchegantemente particular.
Eu queria minhas narinas embriagadas do seu cheiro.
Mas, ao final das contas, eu queria muita coisa.
Aliás, coisas demasiadamente difíceis de se conseguir para alguém, que em suma, não passa muita confiança nem inspiração externa.
Pow! o que que você é afinal???
A quem você vai atender assim???
Desde quando você agrada alguém com seus estranhos e chatos papos políticos misturados com um forçado vocabulário rebuscado de juridiquês medíocre?
Mas, com um pouco de empenho isso se converge.
Claro! Pensando nisso cheguei à conclusão, que, oras, até o carinho é comprável.
Vendável também.
Ninguém precisa se preocupar com isso.
Isso é facilmente transformado se utilizada uma técnica muita conhecida. Às vezes busco meu refúgio no álcool. Às vezes o álcool busca seu refúgio em mim. Me causa estranheza esse fato. Sério. Isso me faz constatar que a alegria momentânea é comprável também.
De novo penso que deveria sim mudar o foco de minhas aspirações.
Ah! Quero saber de tanta poesia lunática não. Quero fincar os meus pés em um chão firme.
E destruir essa porcaria depois, abrir um bar na praia!
Desisto, quando começo a tentar me enganar com planos futuros responsáveis o desejo de sentir a felicidade sem preocupações sempre fala mais alto.
Mas depois de tantas constatações tolas, o seu cheiro que ficou de ontem me fez lembrar que eu descartaria todas essas palavras para senti-lo de novo.

ass: Pedro

20 de março de 2007

Gelo...Doce.


Foram anos pensando que aquela doçura era a coisa mais amável do mundo.
A mais adorada.
Os anos até lhe convenceram que aquilo de fato era verdade.
Uma doçura, uma generosidade...
Mas foi uma vez, quando lhe disseram que as vezes os doces lhes enjoavam, e lhes davam sede, foi que ele reparou que de fato a sede existia.
E mais, só conseguia saciá-la com gelo. Muito gelo.
Foi então que lhe passou pela cabeça que muitas pessoas que lhe eram freqüentes na vida não gostavam de doce, mas em compensação lhes agradavam a sensação de gelo na boca.
Era engraçado para ele entender que nem todos gostavam de doce.
Mas PORQUE não gostavam do sabor duradouro e marcante do doce e gostavam do sabor e da refrescância passageira do gelo?
Foi então que lhe ocorreu uma idéia genial.
Já que percebeu que muitas pessoas não gostavam do sabor marcante e perseguidor dos doces, passou a tentar agradar à aqueles que preferiam a refrescância passageira do gelo.
Mas o comportamento daqueles que simpatizavam com aquele prazer fugaz do gelo não lhe era confidente.
Então ele percebeu que não poderia mais tentar fingir que lhe agradava o sabor fugaz do gelo se lhe era tão irresistível o sabor marcante dos doces.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros.

12 de março de 2007

O Chão Duro


Era uma confusão, sempre rodeado de vozes.
Uma vez acordei e me vi sozinho em um dia desses dias belos que fazem sol e de repente uma tromba d’água insere-se sobre as nossas cabeças.
Insurgindo sobre um dia perfeito caí as gotas de pensamentos ruins.
Escuro.
Meu corpo era êxtase sem tato.
Inerte.
Acordo em um lugar em que minhas costas doem, mas por incrível que pareça a dor física que presenteia o meu dia não me incomoda.
Pelo contrário, agradeço aquele inevitável incomodo que me lembra que eu estou vivo.
Sinto então uma gargalhada vindo de bem longe e que me soa familiar, uma familiaridade que me confunde.
Quando me levanto vejo que o céu que vejo agora não é azul como antes. Aquele azul era diferente.
Mas o que me chama atenção é que sua tonalidade não apresenta mais nuvens prestes a desabar...
Eram aquelas trombas d’água que me perseguiam.
Que ali não podiam me alcançar mais.
Então me virei de volta ao meu chão duro, e meio sem voz, aquela um tanto quanto rouca e cansada, consegui dizer.
Obrigado.



Ass: Pedro Gazzinelli

17 de fevereiro de 2007

ReVlos




Finja!
Corra!
Busque tudo!
Pegue o que conseguir e volte depois pra pegar o resto!
Sinta!
Respire tudo e sopre bem na cara!
Beba até a última gota!
Quebre as garrafas e pise nos cacos...
Chute tudo!
Minta! Fale a verdade sempre...
Corra novamente e chore até doer a alma!
Mas depois levante e vá rápido atrás...
Não pense mais de duas vezes, Pegue um ônibus rápido, aliás pegue um taxi.
Saia sem pagar nada.
Coma tudo.
Lave-se com o suor de quem tentou tudo e correu muito.
Grite para todos ouvirem.
Viva, mas dê razão para se orgulhar disso.
Ganhe muito dinheiro mas gaste tudo!
Compre muitas bobagens.
Jogue fora essas porcarias depois.
Dê presentes banais.
Jogue flores de cima de um helicóptero.
Cante bem alto sozinho se olhando no espelho!
Se ache um popstar de primeira!
Peça um autógrafo.
Dê um em seguida.
Tome banho com o som no talo!
Pule a janela!
Mergulhe.
Pare de pensar por um segundo.
Jogue as cadeiras na piscina.
Sinta uma dor de cabeça no dia seguinte.
Mas levante-se.
Afinal;
Pelo menos contou algo.




Ass: Pedro

2 de fevereiro de 2007

Hoje

Hoje eu encontro com você mas não quero falar muito.
Quero que apenas relembremos tudo que passamos. Apenas escutemos o imenso barulho do silêncio.
Hoje eu lembro de você com uma tristeza ímpar.
Hoje eu lembro de abril.
Hoje eu quero você apenas como você é.
Hoje não quero vícios e escuridão piscante. Cintilante.
Hoje eu quero andar de forma desgovernada apenas para sentir o tempo passando. Sem ouvir vozes; não quero vozes, não quero conversas, beijos, nem sexo.
Hoje não quero ver você através de apenas lembranças mortas. Não quero apenas lembranças.
Hoje sinto raiva de ser apenas o que fui e sou.
Hoje quer ser eu mesmo, sem fingimento de expressões ou amigos alcóolicos.
Hoje não quero tentar esquecer.
Hoje quero sentir gosto de soro.
Hoje quero não me embriagar do esquecimento.
Hoje quero a falta de ciúmes, a falta de brigas, e a falta da raiva.
Hoje quero a solidão que sinto. Só sinto, não tenho.
Hoje quero a solidão cercada do nada e não a solidão infestada.
Hoje quero amigos verdadeiros.
Hoje quero ser um amigo verdadeiro.
Hoje quero a felicidade sem a saudade.
Hoje quero as 7 letras que me significam a saudade.
Hoje quero 7 dias distantes do meu dia.
Hoje quero a reza sincera.
Hoje quero pedir alguém em casamento em restaurantes a luzes de velas ouvindo uma música. Uma música.
Hoje quero o real sentido.
Hoje quero o melhor beijo.
Hoje quero Fidelem Felicitatem.
Hoje quero a Paixão de Cristo.
Hoje quero você.
Hoje quero lembrar que eu simplesmente te amo e morro de saudades.

Ass: Pedro Barros

27 de janeiro de 2007

Lamento

Fecho os olhos pra não poder ver a minha morte,Vamos voltar para a nossa sanidade,tudo que eu sei, agora esvai-se. Será que esse é o meu fim? Tenho que esconder minha vida? Ou será que é melhor esconder minha morte? Tenho que morrer vivendo? Porque que a cada dia eu vivo morrendo!? A escuridão chegou, será que chegou o meu dia? O dia de seguir em frente!? A fuga é eterna, a cada respiração engano minha morte. Será isso mesmo que eu quero? Será que Tenho que esconder minha vida? Ou será que é melhor esconder minha morte? Tenho que morrer vivendo? Porque que a cada dia eu vivo morrendo!? O sofrimento não está no fato de eu sofrer, Ele existe pelo fato de eu não saber morrer! Mas a virgem de preto esta vindo! E antes dela o sepulcro ira se fechar! Tenho que esconder minha vida?Ou será que é melhor esconder minha morte? Tenho que morrer vivendo? Porque a cada dia eu vivo morrendo!!
ass: Diogo

Poesia Socrática!

Será que sei o que não sei???
Só sei que nada sei, e disso também sei!
Saber q nada sei é saber que sei tudo!
Então não adianta nada saber ou não saber!

ass: Diogo

Amor e ódio!

Vivemos intensamente com sentimentos deprimentes, Será que isso é o que chamamos de vida?Se for, eu odeio a vida! Mas como posso odiá-la?A vida é a vida, tenho que viver e não odiá-la! Amor e ódio, será que sabemos o que realmente são? Um dia eu amo, no outro eu odeio! A linha é tênue, será que sei andar sobre ela sem cair? Viver juntos, amar, isso vai acabar! A partir desse momento compartilharemos o ódio.......Tudo acaba, tudo é passageiro, existe a tempestade pra que a bonança possa existir,existe o ódio para que o amor possa existir!Não podemos viver sem amor, sem amar, mas para podermos viver com amor, precisamos odiar! Tudo vem em par, tudo, o bem e o mal, ying yang, o homem a mulher........Um par precisa do outro para existir! A vida nasce do par! Como podemos falar que não odiamos? Se amamos é porque já odiamos!

ass: Diogo

26 de janeiro de 2007

Amizades

Num tempo de falta de compreensão, as vezes os pensamentos fluem de maneira estranha.
Acordo. Meu despertador soa desde às 6h da manhã sem que eu ouça. São 8h. Minha mãe vem desliga-lo já que, no quarto ao lado, mesmo com duas portas divindo-nos o alarme a incomoda
à duas horas. Trabalho. Às 8h30. Corro e consigo chegar às 9h15. No trabalho todos percebem que o fato de ter dormido apenas à duas horas atrás está seriamente estampado na minha cara. A noite anterior, espera! O que aconteceu na noite anterior? Começo a lembrar vagamente das inúmeras doses de vodkas. Dos inúmeros papos desconcertantes que tive com pessoas que não deveria. Recordo de ter jogado sinuca com quem não queria.
Recordo de ter tentado fugir o tempo todo de algo que eu quero que venha até mim. E reparo que as vezes a válvula de escape falha.
A mudança repentina causada por erros das pessoas que mais amo na vida. Inclusive os meus. Principalmente os meus. Daí começo a voltar pra realidade e percebo que a grande realidade é essa mesmo. E que as vezes estamos sozinhos cercados de muita gente.
Muita gente que apesar de serem agradáveis, não são aqueles que sei de cor o que vão falar, e sei no que sempre vai dar qualquer conversa.
Mas penso que essas conversar me fizeram o que sou hoje.
E penso que as vezes, por mais clichê que isso pareça, os nossos valores só aparecem quando perdemos algo. Aí a importância daquilo vem brutalmente socando minha cara.
O pior é saber, que como diria um dos meus ídolos, esse nosso tempo não para. E pra piorar, não volta.
Mas a vontade de correr atrás do que passou é travada por algo que aprendi a ter com o tempo. E que não ensinamos a ninguém.

Ass: Pedro Gazzinelli

Pessoas em Gestos.

O que podemos olhar para nos manter alegre?A gente passa a vida inteira tentando enganar a morte. Amamos, odiamos, suamos, corremos, comemos, bebemos, tudo para cada vez mais sentirmos a vida pulsando. Mas bom mesmo é ter companhia. Bom mesmo é ter pessoas.Bom mesmo é saber que existem pessoas que realmente gostam. E que você realmente gosta.Para gostarmos ainda mais.
E que gostem mais.
Será que alguem ainda sabe?Sabe que cada dia que você não falou o que sentia, pode ter perdido alguem que prescisava apenas de um sorriso, um abraço, um "me desculpa", um gesto de carinho, uma última virada para trás antes de ir embora.Eu sinto.
Sinto muito.
Agora já era.

Ass: Pedro Gazzinelli

23 de janeiro de 2007

Quem disse q a vida é justa? Quem disse q felicidade é viver? Será q foi o poeta? O poeta morreu! Acreditar numa mentira é se tornar uma pessoa melhor?... Anjos sem asas em treva se tornou e a escuridão ele achou, mas a virgem de preto não o alcançou, o triste sepulcro ele lacrou e graças a morte ele chorou!

Ass: Diogo

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