28 de agosto de 2008

Cinema



Só por hoje preciso me levantar e deixar o prazer mórbido de dormir passar.
Só por hoje acendo meu cigarro e tento não me jogar nos jogos da vida.
Só por hoje tentarei ser aquela pessoa mais carinhosa que você sempre desejou.
Só por hoje tentarei ser o ator perfeito com o sorriso colgate no rosto.
Só por hoje te perguntarei como eu devo tentar não ser eu.
Só por hoje ficarei cansado de te esperar e partirei sozinho.
Só por hoje não irei reclamar de seu café.
Só por hoje arrumei a cama ao sair.
Ontem fui obrigado a te ouvir.
Ontem fui obrigado a aprender.
Ontem era mais eu e menos Hollywood.
Ontem era original.
Calei, escutei e sofri.
Vivenciei.
Aprendi.
Será que amanha poderei voltar a ser eu?
Será que amanha nosso cinema vai evoluir?
Será que amanha devo atuar como?
Original?
Igual atuei hoje?
Ou ser o mesmo de ontem?
Vamos esperar!

Ass: Diogo Coelho

26 de agosto de 2008

Ad Te


Deixo que as palavras saiam.
Rolam, como minhas lembranças divinas de tudo.
O Poeta não sonha mais.
Caem, como folhas, sem sentido, não formam mais nada, e, no entanto, a inspiração hoje é feliz.
O Poeta não sonha mais.
Leve, soltas, as emoções não sofrem mais, hoje elas são vivas e intensas, sem ardor, pesar, angústia ou deslumbramento.
Lindas, agora são, não mais meras elucidações, e sim, plenas e fortes, como os beijos, carícias.
O Poeta não sonha mais, hoje esse sonho é vivo, e reflete em seus olhos, em seus toques, e falas.
Risadas, não mais ensaiadas para a conquista, e sim, espontâneas para a admiração.
Toques, agora não mais com pesar e disfarces.
Lágrimas não mais de falta, e sim felizes, de saudades.
Cartas não mais pretensiosas, e sim despretensiosas como um simples sorriso ou gesto.

O Poeta não chora mais.
A sua inspiração é sua realidade.


Ass: Pedro Gazzinelli

6 de agosto de 2008

Coluna 08


Vamos falar a mais pura verdade.
A menina americana, inglesa, tanto faz, foi esquartejada pelo namorado maluco de loló, que guardou seu tronco (lembra daquela música “Cabeça, ombro, joelho e pé!!” ? pois então, tronco é tudo o que essa música não abordou) numa mala e jogou no rio.
A pergunta é? E Alexandre Nardoni? Quem?????
Existe um velho ditado que reza que amor antigo se cura com um novo, ou como disse Rita Lee: Doença de amor, só cura com outro...
Pois essa é a questão! Estamos carentes de um novo amor, mas nós agimos um pouco diferente. Esquecemos o amor antigo antes de um novo. A inglesa ainda não emplacou, pois lhe faltaram alguns quesitos para estar na boca do Willian Bonner durante um mês, mas nós já nos esquecemos de Isabela.
A inglesa não é melhor que Isabela. É até pior. Isabela foi arremessada e morreu.
A dinamarquesa, inglesa quer dizer, foi morta, esquartejada e jogada num rio. Lembra da Inconfidência Mineira? Tiradentes esquartejado? Pois então, nesse nível.
Trocando em miúdos, vamos logo pro que interessa: A menina era inglesa, o que em si, não tende a gerar empatia com o povão quanto uma pobre criança brasileira como Isabela e João Hélio. Pra completar tinha uma cara de doidinha e namorava um traficante chamado Mohamedd, o que não é o modelo perfeito de vítima indefesa.
O Brasil precisa de algum assassinato mais brutal, com alguém mais puro e humilde para podermos discutir tomando coca-cola no bar ( já que cerveja, só pegando um táxi ). Nós precisamos de um novo assunto, já que Nardoni, Ronaldo Gordo e Fora Dunga! Já não comovem como antigamente.
Nós precisamos de algo para falar com aquele semi-desconhecido que encontramos no banco ao lado do ônibus.
Com seu vizinho que também espera o elevador.
Volte Nardoni! Mate alguma outra criancinha, para que saiamos da nossa falta de assunto!
Ganhe as Olimpíadas Dunga! Para podermos novamente ter uma esperança e discutir o seu futuro na seleção!
Vai jogar no Flamengo Ronaldo! Para podermos discutir se você ainda faz algo com os pés além de coloca-los em pantufas Dior.
Do contrário é melhor começar a chover todos os dias, para podermos usar aquela velha saída:
Vai chover hein?

Ass: Regies Celso

Nostalgia



Tudo começa de novo, as mesmas pessoas, os mesmo rostos, os mesmo amores e os mesmos ódios, mais uma sessão nostalgia que irá na pior das hipóteses demorar longos seis meses.
Tenho minha ótica realista pessimista sobre a verdade que me cerca, vil, egoísta, realidade própria da natureza humana.
Um mundo sujo, mais parecido com o ar poluído e esfumaçado de Pequin, que cega, corrói e faz muito mal para a saúde.
O sonho de fazer as coisas direito começa a dar errado, claro, a lei da selva é o que impera nesse ambiente, o mais forte comendo o mais fraco, a saída sempre foi ser forte e se fingir de fraco, porém esperto para não ser comido.
Sentado no meu lugar vejo um monte de políticos de calça jeans tentando parecer com seus pais e cultuando um pensamento pop para não fazer feio para os outros.
Porém faço direito e como um habilidoso artista saio pela tangente e continuo fora desse intelecto de novela Teen.
Escuto uma música antiga no meu radio, os velhos do gueto, Hendrix, Dylan acalmam meu coraçäo, esqueço.
Tudo de novo, a sessäo nostalgia recomeça.
Aquecido por uma magia.
Levanto, lavo o meu rosto e saio.


Ass. Diogo