20 de novembro de 2007

Desabafo


Tudo parece conspirar contra meus sonhos, a vontade de desistir é inevitável.
Tenho desabafos do fundo da minha alma querendo sair,
Esta nas minhas mãos é a única esperança que vejo nesse momento.
Não sei se é desespero ou raiva, mas sinto vontade de socar ponta de faca para passar.
É inevitável esse sentimento depois de mais uma manhã fria
Nação sozinha, pessoas sozinhas, eu sozinho fazendo companhia para meu reflexo no espelho.
Faço mantras para me acalmar, orações incessantes a fim de acender a luz no fim do túnel
E mais uma vez tento levantar do tombo que sofri
Deixo o vento soprar, vento ventania guiando meu barco a deriva,
Tento achar a direção correta usando o céu como minha bússola
Um náufrago perdido na imensidão de seus sentimentos.
O que eu vou ser?
O que posso dizer se já não tenho palavras?
Toda a força que gastei para me acalmar me deixou exausto
Contrario as leis físicas, fico sem reação para a ação
Construo outro templo para um estranho
Dei meu coração para quem não merecia e acabei magoando quem se importava de verdade
Foi necessário me entregar para o sacrifício
Foi importante ter para onde olhar e desabafar
A parede mais uma vez é meu refugio nos dias de tempestade.
E mais uma vez agradeço ao carcereiro da minha prisão por ter me alimentado com inspirações de um poeta triste.

Ass: Diogo Coelho Pettersen

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