13 de dezembro de 2010

Relaxando


Todo dia é dia de passar com você, sua pele macia, seu cheiro de causar inveja a qualquer planta linda.
Já sem nada com o que me preocupar, quero gastar os ponteiros do meu relógio com você, brincando de rodar as horas para que elas não se preocupem com a gente, nosso tempo é todo tempo do mundo.
Minha cabeça roda, perdido entre sorrisos, olhares, encantos e vontades, aquele gostinho de eternamente apaixonado.
Um dia desses sentado por ai, curti a preguiça enquanto o sol me queimava, pude ver o que claramente eu escolhi.
Nos meus pensamentos escutei os encantos de um doce aroma, daqueles do tipo suave, posso compartilhar meus segredos com você.
Andando por aí e por aqui, procurando achar a jóia perfeita, procurando também, quem sabe, sempre te fazer sorrir.

Ass: Diogo Coelho

5 de dezembro de 2010

Controle


Com o coração quebrado mais uma vez tento atingir os mais altos picos.
Com todos os traços de um ser existente, saio de casa outra vez só para ver o mundo.
O que voce diz corresponde as suas atitudes, não quero ser mais um personagem de brinquedo.
Incanssavelmente espero uma mudança, estamos perto do fim, perto de nos soltarmos em busca de nossas aventuras.
Será que novamente viveremos nosso "terror" sem final feliz?
Ai de mim meu amor, novamente procuro aquela velha vela pra iluminar o vazio.
Meus sonhos já não são mais meus, são reflexões a mim impostas.
Busco um dia poder respirar livremente, ser novamente minha própria marionete.
É apenas questão de opinião, quando tudo parece perdido ai sim encontro como achar.
Não posso tirar meus olhos de você, os dias se dispedem.

Ass: Diogo Coelho

27 de novembro de 2010

E andarei...


E aí eu volto, e um dia, e um dia.
Às vezes eu aprendo e caminhando tropeço na fria angústia, o desejo de sair de mim, não caibo em mim.
Um dia então respeito o respeito, o que faço te impressiona? E o que faço te enlouquece. Sem jeito. Não deixo que a negação, um dia, toda minha vida, esperando.
E nós vamos andar até quando. Andaremos até que o sol se ponha no último dos oceanos, no último pôr do sol.
Antes que eu não consiga mais atingir, antes que eu não consiga mais respirar, antes que eu não consiga mais sorrir, mais gritar, mais chorar, mais me emocionar, mais aprender, mais viver, mais ser feliz.


Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

16 de outubro de 2010

A Gota


Eu sou o fogo que dispara, a flecha na direção, a certeza acusada, a timidez escancarada.
Eu sou a luz errante, a expansão contida, a solidão opcional.
Eu sou a introspectiva, o amor incondicional, a paixão remota.
Eu sou a divisão da opinião, a autoconfiança intelectual.
Eu sou a loucura engarrafada, eu sou o brilho da fumaça.
Eu sou aquilo que eu quis ser. Eu sou o senhor do meu destino, eu sou a homenagem explícita.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

8 de outubro de 2010

Sob a ótica do apaixonado pela crítica.





Quando paro para pensar em política há uma introspectiva minha em relação as minhas lembranças mais distantes, como a eleição de 1989, e como eu venho me posicionando a respeito delas ao longo desses 21 anos. Nasci em 1986, e, claro, não acompanhei bem essa eleição, mas me lembro do impeachment do Collor como se fosse hoje. É uma de minhas lembranças mais remotas, me lembro disso como um dos primeiros fatos da minha vida.

É claro que o fato de saber de cor o dingle do Paulino, aquele do “abraço”, do “15 de Zé Alencar, é o 15 de Itamar...”, “é 40, confirma, é Célio” dentre inúmeros outros, contribuiu, e muito, para que eu entrasse no curso de Direito. Só hoje tenho essa consciência de que essa minha fixação política me levou a seguir esse caminho. Sempre fui PT. Hoje em dia é pecado mortal apoiar Dilma, e os 80% de aprovação do Lula me parecem invisíveis pelos que me cercam. O caminho que a política percorreu ao longo da longeva eleição até a que estamos presenciando me fez desfazer em minha cabeça qualquer pensamento em relação a, basicamente, credibilidade de qualquer espécie de legenda, partido e coligação. Não tem lógica alguma. Não preciso me estender muito nesse assunto para me faz explicar, porque os fatos estão escancarados em qualquer imprensa me confirmando. Não me prendo mais em partidos. Partidos não existem, o sistema eleitoral proporcional é um lixo, confunde e emburrece o eleitor cada vez mais e mais, a ponto de ninguém saber nem mais se o candidato em que votou foi eleito ou não.

Os males e as mazelas do Brasil não são de hoje. O Collor não conseguia governar porque não tinha maioria no Congresso. A maioria no Congresso hoje pertence às grandes coligações, que se elegem em massa através do voto eleitoral e dos puxadores de votos, que se elegem, com mais alguns na carona. Seria interessante essa lógica do sistema proporcional se houvesse, de fato, identidade partidária. O voto eleitoral foi criado para tal fim. Valorizar o partido. O mandato não é do candidato, é do partido. Tudo bem, mas não há nenhuma lógica, hoje em dia, em acreditar que os grandes candidatos tem identidade partidária. Não tem. Ninguém tem.

A crista da onda, Marina, que era do extremo PT esta próxima de se aliar ao PSDB. Ela está certa? Não sei, mas, acima do direito de repensar sua posição, que é legítimo, há um fato interessante quando se observa que por um objetivo político, as coligações são formadas, descrendo qualquer ilusão de oposição real no Brasil. Um exemplo claro, para nós Mineiros, foi o apoio de Jô Moraes, militante ferrenha do PC do B, ao canastrão do Leonardo Quintão, do PMDB, que por sua vez era apoiado pelo Newtão, velho conhecido nosso, de passado e presente pouco nobres e fortuna inexplicável de alguns bilhões. Bilhões. Porque? Porque do outro lado dessa eleição para Prefeito de Belo Horizonte havia o Márcio Lacerda, que acabou vencedor, do PSB, apoiado pelo então Governador Aécio Neves, do PSDB, e pelo então Prefeito Fernando Pimentel, do PT. Abre aspas: Nessa eleição de 2010 ambos foram candidatos a Senador e Aécio apoiou Itamar, que foi eleito junto com ele. Pimentel não.
Então, vejamos: PT e PSDB juntos, depois separados, PMDB junto com o PC do B, e depois somos empurrados pelo voto proporcional, que nos faz engolir, goela abaixo, a tal identidade partidária, que nos empurra candidatos que desconhecemos a nossos representantes no grande congresso de despachantes que virou o Congresso Nacional.

O sistema de leis é falho, pois hoje em dia quem legisla as questões realmente determinantes, e daí se exclui a criação do dia do Atlético Mineiro, dia do isso, e dia do não sei aquilo, é o Executivo, que elabora as leis, de acordo com seus interesses governamentais, e envia as Emendas Constitucionais, as Leis Ordinárias que alteram alíquotas e criam Tributos, enfim, o que importa, e por meio de um de seus despachantes, e daí, leia-se, deputado da base governista, as envia como proposta de leis, e as aprova, com sua maioria congressista. Maioria essa formada, diga-se de passagem, por aqueles que desconhecemos.

Tudo isso me leva a crer qual é, de fato, o futuro do Brasil a partir de agora. O grande trunfo do Lula de não modificar, em tese, a diretriz econômica, é uma crítica positiva da crítica da Presidência. Opositores ferrenhos do PT, como a revista Veja, afirmam que a única coisa boa do governo atual é a estabilidade econômica. Acredito que nenhum dos candidatos a Presidência, hoje em dia, ousaria em alterar o rumo natural de abertura do mercado. As privatizações, quando bem feitas, são ótimas para o desafogamento da máquina estatal, dos custos operacionais, bem como aperfeiçoam a eficiência de produção.

Qual a lógica da identidade partidária agora? Que rumo vamos tomar? O PT é muito diferente em sua roubalheira ao DEM, aliado do PSDB de Serra, com seus Arrudas, ACM’s e cia?

Que rumos vamos tomar frente a essa grande descrença em relação aos nossos representantes, como as eleições de Tiririca, Newton Cardoso, e demais picaretas, e de Weslian Roriz disputando o segundo turno pro governo do DF?

Como vamos nos decidir entre o bem e o mal, entre a mãezona do Brasil e o workaholic preparadíssimo?

Como vamos nos portar diante desse circo que vem sendo armado hà anos e anos na nossa fuça, e que, no fundo, todo mundo toma whysky com todo mundo e não precisa nem ler do que se trata.


É de chorar.



Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

17 de agosto de 2010

O Suor das Pedras


Foi nessa época que percebi.
Se pensar enlouquece, e essa loucura me consome.
Se toda poesia, toda subjetividade.
Se erguemos pedras todos os dias, e as pedras sempre caem sob minhas costas, cansadas, meus cacos.
Ergo as pedras sobre minha cabeça.
Sob o Sol suo minhas forças, minha vontade de felicidade, minha ânsia enclausurada de viver.
Aquilo incondicional, há que ser incondicional.
Não exponho meus cacos. Junto-os e deixo-os ir.
Deixo, para que não me consuma
não me consuma
não me consuma.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

10 de agosto de 2010

Gira, Gira...




Vamos então comemorar o perdão, o antigo amigo, as novas emoções e as velhas lembranças.
Vamos lá, já que meu passado gira, gira, gira...
Vamos lá sentir uma naturalidade em ficar só, tão antes incomum.
Vamos lá?
Até quando então vou me flagrar com aquele aperto.
Eu deveria ter voltado?
Te deixei ir.
Você, sabe, vamos lá, não existe egoísmo em amor, amizade? Não.
Te deixo ir e guardo o que há de bom.
Te deixo ir de mim e ser feliz em qualquer lugar.
A torcida é minha por você, em qualquer lugar.
Vamos lá, vamos cá. Me deixe treinar “ora pois”.
Me deixe voar.
Quem deixa?
Someone like me.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

7 de agosto de 2010

2010. E agora?


Bom, como eu já tinha lembrado anteriormente, esse ano, assim que a gente começa a esquecer a Copa do Mundo, vem as Eleições para Presidente, Governador e Senador.
Aqui, em Minas Gerais, estamos especialmente ferrados nessas eleições, mas não só nós. O Brasil todo.
Nas fatídicas eleições de 1989 tínhamos 14 candidatos com condições reais de chegar à Presidência. Eram 20 candidatos. Tudo bem que, aquela época, em primeiras eleições após 25 anos sem diretas, havia a criação desenfreada de partidos políticos, e as vastas e esdrúxulas coligações não haviam nascido. Mas hoje em dia a falta de candidato está beirando o desespero.
Nas eleições que se aproximam, temos, de fato, dois candidatos com possibilidade de chegar ao Planalto. Dilma e Serra. Cel. Michel Temer como vice de Dilma e o playboy Índio da Costa como vice de Serra completam o pacote.
É de levantar as mãos pros céus e se perguntar: E agora José? José, não dá, e convenhamos, ta difícil acreditar em um governo exemplar da Sra. Rousseff em caso de vitória. Sobra a Marina, que ta na crista da onda, mas acredito que na hora “agá” não alavanca nos votos. É uma situação difícil porque temos que escolher, em suma, o menos pior. As coligações desenfreadas em busca de maior tempo na propaganda política na TV e na “viabilidade de se governar” em Brasília chegaram a tal ponto que estamos nos aproximando do modelo americano de bipartidarismo. É de chorar. Tirando um pouco do foco nacional e se aproximando do cenário Mineiro, vemos uma situação mais indignante ainda. Antonio Anastásia (PSDB - DEM) e Hélio Costa (PMBD - PT) polarizam a disputa pelo governo do estado nos moldes do panorama nacional das coligações PSDB-DEM e PMDB-PT. Chega a ser ridículo Fernando Pimentel, Prefeito em dois mandatos da capital, aprovação superior a 90% abrir mão da candidatura do estado e Patrus Ananias ex-Prefeito e ex-Ministro de Estado do governo Lula aceitar ser vice de Hélio Costa em troca de um acordão com o PMDB. É revoltante. Hélio Costa é um ex-jornalista e político duvidoso que tem altos índices de aprovação no interior em troca de algum tipo obscuro de politicagem. Antonio Anastásia, meu ex-professor na Faculdade de Direito Milton Campos, é um técnico excepcional e é dono de uma respeitável carreira acadêmica, mas não é um político, além de ter se embrenhado em meios aos Coronéis resistentes da época da ditadura, hoje habitantes em terras do DEM.
Nós sobra a eleição para Senador, que de longe, conta com a melhor disputa entre todas as que iremos votar. Aécio Neves, ex-Governador por dois mandatos, Itamar Franco, ex-Presidente da República e Fernando Pimentel, ex-Prefeito por dois mandatos disputam duas vagas no Senado. O grande problema é que como o mandato de Senador é de 8 anos, é muito possível que nenhum dos 3, se eleitos, irá cumprir o mandato até o fim. Itamar Franco, no auge de seus 80 anos, pode até chegar no final do mandato, mas, convenhamos, sem duvidar da capacidade laborativa do Itamar, é complicado votar em um candidato de 80 anos, para um mandato de 8 anos, em que seu suplente é ninguém menos que Zezé Perrella do DEM. Zezé, Presidente do Cruzeiro Esporte Clube e empresário é conhecido por suas atividades, digamos, duvidosas. Aécio Neves, por sua vez, é novo, já que com 50 anos, chega ainda novo no final do mandato, aos 58. No entanto, se Serra não ganhar as eleições, quem vai ser o candidato do PSDB em 2014? Seu suplente é ninguém menos que Elmiro Nascimento do deplorável DEM, ex-Prefeito de Poços de Caldas que recebeu denúncias por má gestão durante seu mandato. O segundo suplente de Aécio Neves é Tildem Santiago, que era do PT e até foi embaixador de Brasil em Cuba durante o governo Lula. Dá pra entender?

Ass: Regies Celso

27 de julho de 2010

Derramo



É eu, é você, é tanta coisa que já nem sei mais. Tomo atitudes erradas, pensamentos que não convém, destilo minhas palavras contra um muro de concreto, às vezes certo, outras errado, sempre sofrendo muito com esse buraco, vazio existencial.
Porque sou assim? Porque dentro do contexto no qual fui criado sou tão diferente daquilo que sonham para mim? Já não agüento mais tantas idéias e paranóias me atormentando, quando prendo a respiração ai sim entendo, quando me sufoco sou uma ilha numa imensidão de águas.
Minha história não pode ser tão diferente daquela que um dia contei, cantei, proseei empunhando aquele violão desgastado com meus dedilhados cansados e sonolentos, aquelas páginas de papéis rascunhadas com poemas de um solitário não podem simplesmente ter sumido, se esvaído por entre lágrimas que expressam em palavras o que sinto.
De tanta coisa que passou, que passará, onde será que encontro minha capacidade de buscar em um labirinto emocional, acordes verbais, às vezes melodramáticos, em outras “suspens(e)os”, lá no alto, em meio a montanhas gélidas que encontro em minha alma.
Sempre em busca de um ombro amigo, uma pele que me trará abrigo, um braço de apoio que surge entre as nuvens do meu céu nublado, carregado, por mim, por você, por tanta coisa que novamente já nem sei mais.
Queria por um ponto final nos filmes que passam entre minhas retinas, em tiras, com tiras por todos os lados, ofuscando viveres daqueles andarilhos sobrecarregados com as verdades de um dia passado, corrido, buscado e sensato.
Luto sempre, por mim, por você, por eles, aqueles que um dia depositaram em mim, o que eu fiz questão de enterrar, meus cacos já não se colam mais.

Ass: Diogo Coelho

20 de julho de 2010

Idéias ao "léu"


Quantos dias até que acabe aquela vontade conflitante de sonhar e ficar inerte?
Como palavras lançadas ao fogo e seladas em meu ser, busco um dia me banhar nas águas cristalinas de um ribeirão doce e distante para poder limpar as roupas sujas que uso de um longo tempo atrás.
Deixo de atuar em peças de fundo de quintal e me importo aos horizontes divinos, me dispeço de você, de mim, e saio em busca de me encontrar aqui, ali, em qualquer lugar que me encontre.
Como cacos de vidros que formam um diamante, assim são meus pensamentos sujos em pedaços, será que um dia virarei uma pedra preciosa!?
Contudo contino eu, às vezes completo, em outras partido, mas na maioria, sempre perdido!

Ass: Diogo Coelho

29 de junho de 2010

A perda do horizonte, e o vicio.


Não se pergunta aos céus.
Mas ô, céus, o que será essa grande perda de horizonte e os vícios em que se afogam, eis que como diria aquele grande outro, cada um faz o que quer.
Cada um faz o que quer, e aquele paraíso praiano, em que não se tem aquele grande objetivo, aquele que nos move, mas nos deixa feliz.
Aquele em que meu filho terá que ser mais feliz do que eu.
Mas será que esse paraíso praiano não será, quem sabe, aquele meu objetivo maior, aquele objetivo em que aposto, ele seria mais feliz do que eu, que não tive isso, ou aquilo, mas sim o que transforma a mera existência em vida. Aquela gana de procurar mais a felicidade do que a objetividade. Aquela vergonha que da ao assinar o ponto, o protocolo.
Atente-se você, meu paraíso praiano. Ao que estou a pensar.
E minhas malas se arrumam.
A perda do horizonte, e o vicio, aquele em que nos perdemos, em horizontes. Vou viver a mim. Vou viver aos outros?
Vou viver aos céus, viver aos mares e aos cocos.
Aquilo tudo em mim, me afaste esse cálice.
Dos horizontes, dos vícios.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros.

20 de maio de 2010

Se foi


Tem dia que a gente acorda sem querer saber de nada, tem vez que o que queremos é apenas olhar as coisas que queremos, e, tudo aquilo que achamos, ao menos, um pouco importante.
Um caminho perfeito, o princípio da rendição de um alguém, um alguém como eu.
Sempre com a corda no pescoço, procurando um laço para nos pendurarmos de ponta cabeça facilitando a circulação do sangue no cérebro, para que, quando entendermos o que se passa em nossa mente, possamos descobrir o que somos de verdade.
Procurando desde novo uma pequena escolha que possa me trazer sossego durante o tempo passado comigo mesmo.
Um turbilhão de idéias, pensamentos aquém do que podemos ter.
São tempos como esses que me mostram toda a dificuldade, toda impiedade, toda barreira que devo conquistar e vencer.


Ass: Diogo Coelho

29 de abril de 2010

As Palmas


(Livrai-me de todo o mal, amém.)

Saio da sua casa aos berros, quebrando sua porta, sou eu, aquele monstro.

(Amém, nós todos.)

Saio de sua vida com silêncio, olhando pela última fresta da janela e seu telefonema: "Cheguei bem".

(Aleluia.)

Saio novamente da festa. Você me olhou ou você nem estava lá.
Quebro a sua mesa, quebro meu conceito de certo e errado.
Quem é errado, errado é.
Quem disse que a poesia é farta.
Meu último choro, por você.
Inclino meu corpo para frente, em uma reverência.
Aguardo as palmas.
"Até o próximo espetáculo."



Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

20 de abril de 2010

Quando sua tristeza é mais


Saio daqui para uma varanda de vícios.
Conheço todos, no entanto, estou te procurando no lugar errado?
Estou te procurando em outro mundo, aquele mundo em que você não existia e nem existe.
Vou a minha varanda de vícios e me esbarro na minha maior arma pra te esquecer, te largar.
Preciso que você me largue, preciso não mais ver suas tristezas, sua triste tristeza.
Preciso não confundir mais você triste, eu triste, ela não está triste.
Qual então, o eufemismo de amor que preciso lembrar?
Qual será então, a minha busca pra te fazer feliz nesse meu jeito tão impotente.
Qual será?
Se você esta triste, minhas forças minam, sem que eu me consiga fazer feliz, sem ela, ou aquela, mesmo assim.
Seu amor incondicional, agora me sinto assim.
Na sua fechada tristeza, não encontro mais aquela velha inspiração para minha inspiração melancólica.
Minha tristeza é tentar te fazer sorrir.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

15 de abril de 2010

Viver é pra Viver



Pra ler ouvindo: "Enquanto ela não chegar" - Barão Vermelho.


Viver é pra viver.
Não importa a viagem do poeta ou a alegria da musa.
Não importa o choro do escritor ou o aplauso do público.
Viver é pra viver.
As alegrias dos amigos, a experiência única, os amigos fugazes.
Viver é pra viver a respiração, o vento, o caminho perdido, a viagem de final de semana.
Viver é pra viver a vida, nossa vida, que fala com difícil compreensão.
Alguem como eu.
Viver é pra viver a única emoção, a emoção de tudo pro alto agora.
Viver é pra viver as lembranças, viver é pra viver aquele dia, aquele abraço ou aquele choro.
Viver é pra viver aquele frio, aquele calor ou aquele mar.
Viver é pra viver aquele presente, aquele sol nascendo, aquele caminho de volta.
Viver é pra viver aquele porre, aqueles óculos quebrados, aquele terno esquecido.
Viver é pra viver aquele sorriso, aquele perfume, aqueles ombros.
Viver é pra viver.
Alguem como eu.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

Asas do Tempo



Tanta vontade explode no peito, procuro encontrar formas de delinear sua face em palavras poéticas.
Parece que estou me afogando quando estou longe de você, não consigo respirar, é como se eu tentasse prender minha respiração até o momento que você chega, você meu oxigênio.
Quantos dias mais serão necessários para que possamos estar juntos novamente e para sempre, meu coração quando longe de seu carinho fica em forma caco de vidro, entretanto quando nos encontramos se torna um diamante.
Quanta saudade existe batendo em mim, quantas peripécias malucas minha mente inventa para suportar a vontade de estar ao seu lado, sem nada a temer me resta sentar no meu canto, olhar para meu relógio e torcer para que ele esteja errado, hoje não é quarta, é sexta-feira.
Uma vontade emergente surgi, uma forma carinhosa de traçar caminhos alternativos, de mãos dadas quem sabe, tudo para sentir o calor que é sua pele se entrelaçando na minha, o seu começo é meu fim, o seu fim é o meu começo, puramente, como alianças, sem fim, perfeito.
Dando bocejos sonolentos pretendo buscar uma forma de sonhar com aquela vez, sempre aquela vez, sempre tentando reviver momentos únicos.

Ass: Diogo Coelho

8 de março de 2010

08 = 43


A você minha amada, mulher linda que rouba meus sonhos,sem entender porque acordo suado a noite só de pensar em pegar o ônibus.
Vida perfeita, que me faz refrescar com sorvetes por calor a você.
Te dou rosas de palavras, para que durem no seu coração, sentado, sorrindo, sentindo, buscando cada palavra para que consolide nossa emoção.
Mulher amada, que foi descoberta em meio a multidão, e em meus braços encontrou proteção.
Queria dizer poemas para eternizar seu dia, que foi nosso dia, oito, em que você se tornou, minha “amada”, entendeu?
Bang, bang, o som do nosso coração brincando, você me disse e me mostrou o que eu não pude encontrar, o prazer que era valorizar o sorriso de uma mulher.
Construí varias pontes e caminhos para seu olhar, queria entrar nele por uma brigada voadora em uma janela misteriosa, e dar voltas em seu coração, conhecer cada pedaço da morada que abrigou o nosso amor.
Sua luz colidiu com a minha, um velho escritor de poemas, em folhas timbradas de emoção, louco para te dar o mundo, e não podendo, tenta escrever seu mundo, você.
A você, meu lapso de amor, minha razão de sorrir, a porta esta aberta, venha entre.
Por sete moedas de ouro e minha gaita já usada, sentirei a canção se consumir pelo seu sangue, enquanto tento achar a perola perfeita para colocar em suas mãos.
Meu lado cego refletia sua ausência, e eu não podia enxergar pois estava dormindo enquanto o dia passava, e com um carinho na cabeça você me acordou da minha cama desarrumada.
Me perguntou as horas e eu percebi que algo estava faltando, onde eu tinha colocado minha mala para a eternidade?
A você meus dias, cada segundo multiplicado por 180, um dia será vários dias.
A você.


Ass: Diogo Coelho

19 de fevereiro de 2010

2010 - Vexatório.


Arruda foi preso e hoje foi transferido para uma sala sem banheiro e sem janela. Seu Advogado brilhantemente denominou a situação como “vexatória”.
Eu concordo.
Acho essa situação toda vexatória.
Vexatória para o Brasil.
Arruda não sabe se renuncia ao cargo de governador de DF, uma vez que foi afastado do cargo pelo STJ.
Existem 4 processos de cassação contra Arruda, o que eu também acho vexatório.
Paulo Octávio, seu vice, também não sabe se renuncia ou não, já que também já foi premiado com 4 processos de cassação. Vexatório.
Vexatório toda essa situação, uma vez que Arruda foi ELEITO Governador do DF. ELEITO.
Como eterno bom samaritano vou dar uma colher de chá e relembra-los de quem é José Roberto Arruda.
Em 2001, após o escândalo da violação do painel do senado, Arruda declarou com veemência que não tinha visto, não tinha lido não tinha feito nada. Dias depois disse que tinha lido sim, que tinha visto e renunciou, às lágrimas de crocodilo, para evitar o processo de cassação.
No entanto, em 2006 retornou, “nos braços do povo brasiliense”. Vexatório.
Vale lembrar, que a renúncia de Paulo Octávio, vice de Arruda, esta sendo muito polemizada porque seria o caminho mais rápido para uma Intervenção Federal em Brasília, medida defendida pela Procuradoria Geral da União. Lula não quer. Claro. Sua acessória jurídica já o informou que na Intervenção não há possibilidade de alteração na Constituição Federal, e aê, adeus Emendas Constitucionais até a eleição, no mínimo. Seria o Caos. Seria o Caos, uma vez que não exisitiria mais a possibilidade de emendar a Constituição na surdina, enquanto a população vê a Copa do Mundo e não presta atenção nas barbaridades sofridas pela nossa Lei.
Auxílio motorista vitalício para todos os ex-Presidentes e etc. Isso já é realidade. Imagina o que vem por aê.
Eu defendo a Intervenção de Brasília e defendo a extinção do DEM. (Partido Democratas). Acho que seria um tapa de luva na corrupção, na marginalidade e na bandalheira vexatória que assola o DF. O DEM traz à tona toda a herança maldita da ditadura, da pouca vergonha, do Coronelismo, e da putaria na política. Não salva um. ACM era do PFL (que virou DEM).
A ARENA, partido da posição na época da ditadura é o berço do PFL. Arruda era do DEM. Paulo Octávio é do DEM. Collor não é, mas poderia ser.
Sim a intervenção no DEM.
Todos os mortos, desaparecidos, exilados, e torturados na Ditadura Militar, para que nós possamos votar, não podem ser esquecidos. Eles devem estar se remoendo no túmulo.
A eleição está chegando. E está chegando porque lutaram para isso.
Nós votamos.
E ELLES estão aê por nossa culpa.
A culpa é nossa.
Vamos acordar gente.
Já ficou tarde demais.

Ass: Regies Celso

10 de fevereiro de 2010

"...Seis meses..."


Hoje eu acordei com vontade de dançar com as flores, hoje quero brindar a sua presença do meu lado, hoje quero roubar o cintilar das estrelas, só hoje quero poder iluminar o caminho para você entrar no palco do meu coração.
Quando percebo que só depois de sentado no sofá, começo a dedilhar uma canção para que dancemos, para que brinquemos, como é bom saber que meu sorriso é seu.
Completamente “nu”, completamente anestesiado, completamente louco, maluco, de paixão, de razão, absolutamente seu, sou seu. O sol está brilhando.
Você é meu amor verdadeiro, você é a voz tão doce em tudo que eu faço, mesmo longe de mim, eu sinto sua falta toda noite quando fecho meus olhos.
Mais que isso, eu estive olhando o lugar que você pertencia, longe de mim, uma terra árida, agora você pode descansar, te resgatei, vou cuidar de você.
“Como um rio que encontra o mar, como a lua e as estrelas, um clarão no breu, o amor nasceu, como chamas de uma fogueira.
E se um dia eu puder entender as perguntas que a vida me faz, como o espinho, a flor e juras de amor, eu poderei então estar em paz, eu vou abrir os braços e pular do precipício.
Eu vou tentar vencer e se eu precisar, chamarei por você, eu vou voar.
Eu vou voar além do horizonte, para algum lugar distante, onde ninguém possa me machucar, eu vou voar alem do infinito, para algum lugar bonito, onde eu possa te encontrar.”
Para eu me re-apaixonar, basta apenas eu acordar.
Eternos seis meses.
Pra sempre.

Ass: Diogo Coelho

21 de janeiro de 2010

Trabalho de Sísifo



Sei que quando acabar não terá como perceber que tudo que passara tinha a pretensão de se tornar melhor.
Tudo que não se cobra, não deixa de ser menos importante àquilo que se cobra.
Como poeira jogada ao vento que se desfaz e some, assim são idéias que não são enterradas.
Por tudo que almejo e luto, preciso de ao menos enxergar a esperança no fundo dos olhos de uma criança: Que cresça, que sonhe, que idealize e que não morra de overdose. Trabalho de Sísifo.
Entenderia talvez, a velha desculpa de não ter grana para correr atrás, entretanto é impossível entender, compreender, a falta de vontade de correr atrás, se conformar com o mal estar. Soluço de medo.
Pode se nadar contra a maré, e vencer, basta focalizar e querer, o mais difícil, querer, que palavra é esta que nos faz andar de marcha ré ou o contrário também é verdadeiro.
Busco sim esperança com escritas nada a ver, palavras que circulam em sua cabeça sem você ao menos entender.
Com lampejos de alegria me enraízo na minha fé, na certeza que um dia um ou outro irá perceber que pode sim, e deve, fazer a diferença.

Ass: Diogo Coelho

6 de janeiro de 2010

Antigo



Ah meu relógio, não me obedece nenhuma vez, que mal eu fiz, que tempo é esse que não passa quando eu quero.
Quem me dera poder pedir para voltar, alguns minutos que sejam, 3 horas já seriam suficientes, bastasse eu ouvir sua voz naquele telefonema.
Medisse que seria bom o bastante voltar, retroagir, viver de novo, quem não gostaria de retornar aquele primeiro beijo da sua princesa? Aquela tarde ensolarada, aquela caminhada serena pela areia, sozinho, você e as ondas do mar.
Pudera eu voltar enquanto Shakespere escrevia Romeu e Julieta, o nome não seria o mesmo, provavelmente algo do tipo, Eu e Você.
O relógio que gira o mundo não é meu, e voltar ao passado não é possível, o único jeito é retornar à memória, que seria dos homens sem lembranças do passado, as ruins jogadas na fogueira, somente relembrando os momentos que retiraram nosso fôlego.
Ah como eu gostaria de mais um fim de semana com você agora.
O passado eu não entendo, mas ainda bem que existe o futuro, relembrar o passado e tentar te fazer sorrir mais do que todas as vezes que você sorriu, em um dia, um segundo.
Eu não entendo, mas não preciso mesmo entender, somente me basta viver, com você, não tenho controle no antigo, mas quero fazer vários futuros se tornarem passado, porque assim tenho a certeza que sempre irei sonhar com você, afinal, você será meu eterno passado, já que nós temos infinitos futuros.

Ass: Diogo