17 de setembro de 2011

Que é


Ao som de velhos poemas de morte, tento entender minha sorte, chorando sem me preocupar.
Palavras que calam minha boca, amarram minhas mãos, me sentam no chão.
Navalhas cortando a fio, sangram meus textos, completa o pretexto de não se importar.
Viajo sem nada, nem mesmo uma mala, pra eu não voltar.
Quem dera palavras bastardas, ditas da sala, em meio ao luar.
Com tudo que posso fazer, viso buscar, o meu alcançar.
Levo a vida sem destino, rindo, seguindo, me “lixo” pras pedras no meu caminho.
Me cato em pedaços, em cada canto que eu passo, em cada esquina que eu lato.
Reviro meu lixo, reciclo meu vicio de te amar.
Eterno cantar, a(marra) no laço que é pra virar.

Ass: Diogo Coelho

15 de setembro de 2011

Salteado


E assim seja feita a LUZ!
E surja! Eis, divina, a vida, aqui, me palpando. Me aplaudindo.
E surja como aquela onda gelada na minha cara, acorde!
Me busquei e me buscando encontrei vários, todos que me encontraram, e assim, me encontrei com eles, e quando isso acontece, encontro comigo mesmo.
E surjo como a vida apagada, a necessidade do ir, o amor ao sentimento de partir não para que você parta, mas para que você encontre. Encontre esses, aqueles, aquelas, olhos, águas, comidas e cheiros, amores e tristezas, decepções e choros, loucuras e buscas.
Saudades e lembranças com sorrisos estampados. Memórias como tijolos e sem marretas.
Pessoas como raízes e sem serras. Sorrisos de graça e gargalhadas gasolinosas.
Amigos como renovadores de energia, beijos como impulsores de adrenalina, sexo por prazer sem culpa, dança com energia, cozinha com emoção, estudo por tesão, vida por Felicidade.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros