29 de junho de 2010

A perda do horizonte, e o vicio.


Não se pergunta aos céus.
Mas ô, céus, o que será essa grande perda de horizonte e os vícios em que se afogam, eis que como diria aquele grande outro, cada um faz o que quer.
Cada um faz o que quer, e aquele paraíso praiano, em que não se tem aquele grande objetivo, aquele que nos move, mas nos deixa feliz.
Aquele em que meu filho terá que ser mais feliz do que eu.
Mas será que esse paraíso praiano não será, quem sabe, aquele meu objetivo maior, aquele objetivo em que aposto, ele seria mais feliz do que eu, que não tive isso, ou aquilo, mas sim o que transforma a mera existência em vida. Aquela gana de procurar mais a felicidade do que a objetividade. Aquela vergonha que da ao assinar o ponto, o protocolo.
Atente-se você, meu paraíso praiano. Ao que estou a pensar.
E minhas malas se arrumam.
A perda do horizonte, e o vicio, aquele em que nos perdemos, em horizontes. Vou viver a mim. Vou viver aos outros?
Vou viver aos céus, viver aos mares e aos cocos.
Aquilo tudo em mim, me afaste esse cálice.
Dos horizontes, dos vícios.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros.