21 de novembro de 2007

Poeta do Amor



Suprimido por um grito de silêncio não consigo mais desabafar com você.
Tento escrever sobre o amor que não conheço, te amaldiçoou como se fosse você a culpada pelos meus lamentos.
Queria que você tivesse me obrigado a te amar, queria ter saído dessa inércia para deixar de ser tão egoísta.
Busco ajuda nos búzios, jogo cartas de tarô tentando descobrir o porque desse vazio, desse buraco que assola meu interior.
Sinto hoje o que só vai ser entendido no próximo ano por eu achar mais importante a estética do que o conteúdo.
Tento ocultar minha emoção deixando a razão tomar controle.
Só assim acharei uma desculpa para ser o poeta do amor que não consegue amar e escreve de forma platônica por ser puramente racional.
Tento aprender com os anjos, porém não consigo encontrar a pureza celestial para compor por ser um pecador.
Começo a buscar os meus demônios e acabo descobrindo que quanto mais apaixonante o sentimento puro de escrever, mais triste são as cartas que entrego a você.
Na certeza de que tentarei tornar lúcido o mais triste e lindo conto de amor, busco em livros historias que me ensinarão a falar sobre nós dois.
Tento achar o final feliz sem ter vivido pelo menos nem um final triste.
Sem experiência para ser o mensageiro dos meus sentimentos faço mais uma poesia tentando te fazer a melhor pessoa do mundo.
E com mais um clichê me conformo com tudo que vivo.
No final dá tudo certo, se não deu certo é por que ainda não chegou ao fim.

Ass: Diogo Coelho

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