22 de fevereiro de 2008

Gargante


Minhas costas doem de pesar
Meus cães latem nos meus tímpanos, fazendo-os transbordar de desespero
Me ajudem
Preguem-me em um rio de luz
Que me ilumine
Que me sangraria
Meu nome é Tiro
Não acerto
Meu nome é Grito
Não me ouvem
Me larga e tire sua falsidade de cima dos meus ombros
Tire da minha língua esse seu gosto
Meu nome é Sangue
Meu nome é Dor
Não tenho nome e me adapto ao que convir
Não gritem meu nome pois agora quero esquece-lo
Minhas mãos doem de socá-lo.

Ass: Pedro Gazzinelli

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