7 de agosto de 2010
2010. E agora?
Bom, como eu já tinha lembrado anteriormente, esse ano, assim que a gente começa a esquecer a Copa do Mundo, vem as Eleições para Presidente, Governador e Senador.
Aqui, em Minas Gerais, estamos especialmente ferrados nessas eleições, mas não só nós. O Brasil todo.
Nas fatídicas eleições de 1989 tínhamos 14 candidatos com condições reais de chegar à Presidência. Eram 20 candidatos. Tudo bem que, aquela época, em primeiras eleições após 25 anos sem diretas, havia a criação desenfreada de partidos políticos, e as vastas e esdrúxulas coligações não haviam nascido. Mas hoje em dia a falta de candidato está beirando o desespero.
Nas eleições que se aproximam, temos, de fato, dois candidatos com possibilidade de chegar ao Planalto. Dilma e Serra. Cel. Michel Temer como vice de Dilma e o playboy Índio da Costa como vice de Serra completam o pacote.
É de levantar as mãos pros céus e se perguntar: E agora José? José, não dá, e convenhamos, ta difícil acreditar em um governo exemplar da Sra. Rousseff em caso de vitória. Sobra a Marina, que ta na crista da onda, mas acredito que na hora “agá” não alavanca nos votos. É uma situação difícil porque temos que escolher, em suma, o menos pior. As coligações desenfreadas em busca de maior tempo na propaganda política na TV e na “viabilidade de se governar” em Brasília chegaram a tal ponto que estamos nos aproximando do modelo americano de bipartidarismo. É de chorar. Tirando um pouco do foco nacional e se aproximando do cenário Mineiro, vemos uma situação mais indignante ainda. Antonio Anastásia (PSDB - DEM) e Hélio Costa (PMBD - PT) polarizam a disputa pelo governo do estado nos moldes do panorama nacional das coligações PSDB-DEM e PMDB-PT. Chega a ser ridículo Fernando Pimentel, Prefeito em dois mandatos da capital, aprovação superior a 90% abrir mão da candidatura do estado e Patrus Ananias ex-Prefeito e ex-Ministro de Estado do governo Lula aceitar ser vice de Hélio Costa em troca de um acordão com o PMDB. É revoltante. Hélio Costa é um ex-jornalista e político duvidoso que tem altos índices de aprovação no interior em troca de algum tipo obscuro de politicagem. Antonio Anastásia, meu ex-professor na Faculdade de Direito Milton Campos, é um técnico excepcional e é dono de uma respeitável carreira acadêmica, mas não é um político, além de ter se embrenhado em meios aos Coronéis resistentes da época da ditadura, hoje habitantes em terras do DEM.
Nós sobra a eleição para Senador, que de longe, conta com a melhor disputa entre todas as que iremos votar. Aécio Neves, ex-Governador por dois mandatos, Itamar Franco, ex-Presidente da República e Fernando Pimentel, ex-Prefeito por dois mandatos disputam duas vagas no Senado. O grande problema é que como o mandato de Senador é de 8 anos, é muito possível que nenhum dos 3, se eleitos, irá cumprir o mandato até o fim. Itamar Franco, no auge de seus 80 anos, pode até chegar no final do mandato, mas, convenhamos, sem duvidar da capacidade laborativa do Itamar, é complicado votar em um candidato de 80 anos, para um mandato de 8 anos, em que seu suplente é ninguém menos que Zezé Perrella do DEM. Zezé, Presidente do Cruzeiro Esporte Clube e empresário é conhecido por suas atividades, digamos, duvidosas. Aécio Neves, por sua vez, é novo, já que com 50 anos, chega ainda novo no final do mandato, aos 58. No entanto, se Serra não ganhar as eleições, quem vai ser o candidato do PSDB em 2014? Seu suplente é ninguém menos que Elmiro Nascimento do deplorável DEM, ex-Prefeito de Poços de Caldas que recebeu denúncias por má gestão durante seu mandato. O segundo suplente de Aécio Neves é Tildem Santiago, que era do PT e até foi embaixador de Brasil em Cuba durante o governo Lula. Dá pra entender?
Ass: Regies Celso
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