
Saudade de você, saudade da mamãe, saudade do papai, do meu cachorro, do meu irmão dos meus amigos, da minha vidinha simples de interior.
As vezes sou um jeca mesmo, daqueles que falam embolado e puxando um sotaque quase insuportável de escutar.
Quero acreditar que vou ter um futuro melhor, quero sonhar com um futuro melhor, quero ser o futuro.
Saudade, uma palavra tão gostosa e tão vil ao mesmo tempo, a saudades nos faz perceber o quanto gostamos de alguém, mas também no permite sofrer.
Tento equilibrar o sofrimento de sentir saudade e gostar.
As vezes sou grosso, as vezes sou arrogante, mas de certa forma tem sentido eu ser assim, pra quem vê pode ser que não, mas agüentar essa pressão que explode minha cabeça certas horas é complicado, tente entender o que é um forasteiro numa selva de pedras?
Sou poeta, sou ator, sou um dos palhaços do circo de solé, não escrevo como vejo, afinal sou do interior, e escrever em outro idioma é coisa pra você que se considera um culto e pesquisa sobre teorias da conspiração.
Tem razão quem usa a razão e usa a razão quem não tem razão, afinal razão certas horas é irracional.
Saudade, irracional, mas ao mesmo tempo racional, eu tenho saudade, sou racional, mas a abstração desse sentimento me faz irracional.
Sou irracional, tenho saudade, sou irracional, sou um animal, tenho instintos, sofro com a carência da minha casa, sofro com um animal longe da sua mãe.
As vezes o sofrimento é bom, as vezes nos faz perceber o quanto gostamos de quem sentimos saudades, mesmo sofrendo.
Ass: Diogo Coelho