7 de julho de 2009
Via de Regra
Leve, como pluma de ganso.
Pesado, como eu, sorrateiro, passo meus dias passando, meio como um rastro, atravessando as horas, para que elas se extinguam e, após, recomecem. De novo. E de novo.
Tento, então, disfarçar essas horas para que elas não pareçam picaretas demais, vamos combinar. Elas se repetem, dia após dia, e minhas lembranças são sempre repetidas, já que vejo a mesma coisa. Tudo é uma cópia, da cópia, da cópia, como disse o outro. Em minhas viagens sou algum outro, feliz por inteiro, sem problemas mundanos, com preocupações banais, como os meus problemas, banais e inintendíveis para os alheios.
Nada importa para nada, tem efeito ou faz diferença. Sonhos de criança de ser um diferente se esvairaram. Não sou um diferente. Sou um.
Hoje, apenas mais um.
Ass: Pedro Gazzinelli
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Um comentário:
Ou, pra quem tava sem inspiracao.. vc ta de pbns.. esse texto é um dos que eu mais gostei seu.. mto poetico...
Diogo
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