27 de maio de 2008

Silêncio



As vezes não nos conformamos com o que a vida nos oferece, tentamos lutar, vencer a correnteza.
Esperamos um réquiem maravilhoso, tentamos achar conforto no triste, no preto e branco, porem o que nos envolve é um circulo invisível e infinito de lagrimas, o que nos segura é a necessidade de confortar quem precisa de um abraço.
Sed fugit interea fugit irreparabile tempus: "Mas ele foge entretanto: irreversivelmente o tempo foge".
Vejo um ser pálido, uma urna com um corpo, numa manha fria! O que nos da força é o laço de amor que temos com cada um presente naquele momento.
Morte, a passagem para o eterno, e que o eterno seja lindo.
Tentamos achar vários porquês, mas nessa hora tão triste nos lembramos de Machado de Assis: Ele dedica o livro aos vermes, os bichos que nos comerão de baixo da terra depois de mortos.
Buscamos em várias religiões aquela que trará mais conforto para a alma de quem já partiu, buscamos no cristianismo, no espiritismo, no budismo e em varias outras, buscamos na verdade o conforto para nós que ficamos.
Creio que no fim não ligamos muito para o que vai acontecer com o morto, ligamos mais para o que vai acontecer com a gente.

Ass: Diogo Coelho

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