23 de janeiro de 2008

Camaleão



Não sei o porque de palavras cheias de veneno para me derrubar.
Não sei quanto tempo vou durar nessa guerra verbal.
Sempre sou atacado com duras frases que me puxam para o inferno astral.
Convicto de que sou inocente, olho em volta e vejo arranha-céus tocarem o infinito.
Tento me recuperar fingindo ser grande, um camaleão fora de seu habitat.
Um ser que não consegue se camuflar, que acha que está invisível para todos mas no fim esta se expondo mais do que nunca.
Tento lhe mostrar o quão errada você está, tento te fazer entender que tudo não passou de um mal entendido, tento desesperadamente abrir seus olhos, porem a cada minuto que passa são os meus que estão se fechando.
Sou um catador de sonhos, afinal é só isso que posso ser, pois a realidade não pode ser apanhada, deve ser sofrida no fundo da alma, deve ferir a carne que você começou a machucar.
Minha realidade é o sofrimento de suas palavras amaldiçoadas.
Minha realidade é o tormento infinito que você causou com suas atitudes.
Me restam os sonhos, isso é se conseguir sonhar com essa dor absurda que toma conta do meu corpo como um câncer.
Tenho que ser aquele que pega os sonhos para sonhar, afinal sonhar diferentemente da realidade não machuca ninguém, pelo contrário, é a melhor forma de me esconder de quem já me machucou, afinal sou um camaleão.


Ass: Diogo Coelho

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