9 de março de 2009

Lulla



Parem tudo.
De pensar, trabalhar, até de respirar.
Em toda minha vida de acompanhante da política brasileira venho sendo forçado a acreditar em tudo, em todas as alianças, conchavos, joguinhos, em tudo. Tudo.
Quase tudo. Na minha concepção, apenas uma hipótese nunca iria acontecer. Lula, querendo ou não, maior figura política do país, jamais chegaria perto da sombra daquele que, enfim, delle. Elle.
A máquina locomotiva trem bala, PMDB, no entanto, através do “saudoso” Renan Calheiros, realizou a façanha. Tudo bem, não estou falando de um recondução delle para o Palácio do Planalto, mas Lula jamais conduziria ele para lugar nenhum, nem uma caroninha para a padaria.
Isso no imaginário dotado de bom senso. Não na realidade dos caciques da política brasileira. Elle na presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado não é um simples absurdo político, como o que Lula realizou na semana passada ao beijar a mão de Jader Barbalho, sim, Jader Barbalho. Elle em qualquer lugar diferente do ostracismo em que esteve nos últimos 17 anos é inaceitável, ou melhor, é algo que palavras não podem nem expressar.
Apertar a mão de Jader, ficar a favor de Severino, Dirceu, Palocci, nós entendemos tudo. Nós entendemos tudo, e não falo isso com uma ótica de “eu avisei”. Falo isso sobre a ótica de um, digamos, petista. Falo isso sobre a ótica de um que engorda a aprovação de 80% do barbudão.
Que o Brasileiro tenha memória curta eu entendo.
Mas não nesse caso. Uma geração inteira pode desconhecer elle, mas essa história não pode se desfazer com o tempo.
Lula reconduzir Collor a qualquer lugar é um evento que merece uma foto para a posterioridade. Uma foto para pensarmos:

-Chavez ainda irá jantar com a familia Bush.

É algo que nos enche de esperança, pois a partir de agora estamos livres para podermos pensar que sim, tudo é possível.
Divagar sobre o porque dessa manobra, é, em suma, algo até desnecessário. A figura máximada política brasileira não tem seu sucessor, e para emplacá-lo, vale, agora, tudo. Valle tudo.
Se vamos, ou não, “deixa-lo só” é uma incógnita. Mas seu simples ressurgimento merece, mais que nunca, uma grande frase:
“Tu quoque, Brutus, fili mi!”


Ass: Regies Celso

2 comentários:

Anônimo disse...

Sem querer me gabar, eu havia previsto o retorno e Collor a politica no dia 13 de Abril de 2007
no texto "Coluna 1: 2010"

Tarda mais não falha.

ab disse...

EAHHEAHEAHAEHEHAHAEHEAHEA................. MÃE DINÁ