11 de março de 2009

Mochileiro



Tijolo por tijolo eu continuo construindo minha prisão, linda e bela com meu ar condicionador no máximo, estourando, congelando minha fortaleza da solidão.
Queria subir na laje e soltar minha ultima pipa colorida, queria só avisar a quem estiver vendo que eu continuo a mesma criança de sempre. Boba.
Um grito que já não pode ser ouvido explode na minha boca, volta, um silêncio depois da tempestade me faz agredir a realidade, não dá sem você!
Meus vícios já não me livram e chegou a hora de eu encarar o que eu tenho mais medo, meu coração.
Paro para pensar nas fábulas em que o dragão espera ansiosamente para o encontro com o herói, o que fazer se eu for o dragão e o herói ao mesmo tempo?
Me rastejo contra a lua, brigo com o sol, soco o vento, tudo para poder sentir seu perfume adocicado que invade o meu ser.
O que será que faz a terra girar?
Queria ter o anéis de saturno, as águas da terra e a felicidade que um beija flor me levou.
Mil poesias me calem agora e sejam minha sombra de tranparência.
Que um milhão de anos passem antes de você conseguir me calar.
“Sonhei que o fogo gelou, sonhei que a neve fervia, e eu sabia que o sonho era bom, por que ela sorria, até quando chuvia.”
Uma década perdida, como não acabar o que comecei de construir?
Dia após dia de novo, me diga baby, qual o significado disso tudo?
Toda essa politicagem, sobre a vida e a morte, é a minha existência.
Ser.
Tudo que tentamos falhou, o frio da Meca nos provou, nós sabemos que acabou.
Seja igual você.
Nós seguimos igual todo mundo, a Meca da insegurança.
Seja igual você.
Não deixe que os perdedores te digam o que fazer.
Seja igual você.
Não tem ninguém que faça como você faz.
Ó me diga porque isto tudo está acontecendo?
Ó me diga se devo acreditar em tudo?
...

Ass: Diogo Coelho

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