26 de abril de 2011

Navegante


Tudo parece dar voltas dentro da minha cabeça, do lado de fora roda o mundo.
Não posso mais fazer ela se lembrar de mim, aquelas palavras ácidas me causam destruição demasiada.
Com um nítido sorriso baby, você meio nonsense, eu jogado de lado como folhas secas.
Sinto-me a própria ilha de Crusoe, perdido e sem sentido.
Roubando o gosto da minha boca com seu beijo começo a não sentir nossos lábios se tocando, seja meu fogo de Prometeu e não seu castigo.
Ao som de velhas musicas fraseio poemas inúteis, sentimentos de um traficante da liberdade, idéias de um poeta.
Quando ninguém se importa, se fecha a porta.
Talvez amanha seja mais um dia para levantar-se de sua cama de ossos e achar seu caminho de volta para casa, nadar no oceano, se jogar de um precipício e aprender a voar.
Desde já me jogo no jogo, jogos de azes, retratos não falam por nada, sem nada.
Quem dera ao menos dizer palavras bastardas, sem máguas, puderas ser teu travesseiro em meio a lágrimas.

Ass: Diogo Coelho

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