19 de junho de 2009

Colorido



Quando percebi vi que estilhaços do meu ego refletiam a imagem de um eu completo quebrado.
Tentei chorar de dor, tentei gritar de amor, mas tudo que pude foi viver com granidos de lobos famintos, afinal o “homem é o lobo do homem!”
No passar da noite escrevia cartas e arquivava, intimas minhas, orações guardadas.
Em precipícios sempre buscava achar resposta que nem eu esperava, não entendia as perguntas, morrendo para ser mais como Você.
Nunca quis Te desrespeitar, mas parece que é isso que andei fazendo!
Lutar contra o vento sempre foi meu legado, busquei meus fantasmas mais ocultos e os tornei visíveis diante de mim, de Nós, mas quero que saiba que é tudo verdade, tudo que penso e tudo que sonho é Você!
Sentado em minha maquina de escrever aponto meu lápis e datilografo cartas de uma vida vazia enquanto com meu lápis uso da escrita mais eufemista para tentar esconder coisas desagradáveis de Você!
Enquanto respiro traços de cores daquela aquarela criada por Você vejo que o normal passa a ser abstrato, um desbravador subindo nas costas do arco Iris para tentar um encontro com a beleza da criação.
Sempre me encorajo em Tuas palavras, viva e eficaz, bússola para minha solidão, mapa para minha escuridão, trilha meu caminho conhecedor do presente, passado e futuro.
Preciso desconstruir para me reconstruir, será que serei capaz de voltar ao ventre de minha mãe? Será que sem ajuda ira pulsar adrenalina em minhas veias para encontrar a força necessária para que possa construir novamente!?
Me ajoelho perante Teu amor, me inclino perante minha dor, e sei que o Senhor irá me levar por sobre as águas e sarar minha feridas.
Em minha cama eu me deito com a certeza de que os Teus olhos vão estar aonde quer que se vá, aonde quer que se vá, se eu fizer minha cama entre os mortos, os Teus olhos vão estar.

Ass: Diogo Coelho

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns!Talentoso poeta,dom divino que tem sido mto bem usado...Parabéns msm...continue escrevendo...
TA
bjs