28 de abril de 2009
Coluna 10 - Reforma Agrária
Vou falar, mas vão me crucificar. Certo dia, estava lendo uma entrevista de um apresentador de televisão e, a certa altura, ele disse: “Sou a favor da reforma agrária, como qualquer ser humano que pense”. Como ser humano pensante, que acho que sou, estou em plena discordância. Sou contra a reforma agraria.
Aliás, sou contra o MST, os Sem- terra, os Sem- teto, e os Sem- nada.
Inclusive, acho que encaixo em todas as categorias. Não tenho casa própria, não tenho teto próprio, e muito menos uma fazendinha, portanto sou sem- teto, sem- terra e, principalmente, sem- escritório, o que, em suma, é algo parecido com o MST. Não tenho um relez escritório próprio para plantar minhas petições, e, portanto, tenho que laborar em escritórios alheios, o que, na teoria, me daria o direito de invadir escritórios improdutivos e me aproriar deles. Posso, também, invadir escritórios em que as pessoas trabalham, a tiros, e acampar la dentro. Com o apoio do governo.
Sério. Não sou a favor de nenhuma desapropriação para a reforma agrária. Não há nenhuma razão em “dar” terra pra ninguem. Trabalhador rural é um trabalhador como outro qualquer, e, igual a maioria esmagadora da população, não tem um “negócio próprio” e não há direito em requerer meu próprio negócio em uma Reforma Escritorial (de escritórios).
Não há sentido. Não há razão. Não há lógica em dar terra porque um trabalhador (ou bandido) não tem terra.
Se não tem terra, trabalhe nas terras alheias, junte dinheiro e compre a sua. Isso é democracia.
A arbitrariedade que o governo exerce quando força a população a aceitar os marginais, assassinos, vândalos, e todos os demais adjetivos de baixo calão, do MST, é absurda.
Dentro e fora do MST, NINGUÉM tem direito de conseguir terra a força e de graça.
Ninguém tem direito de exigir providências do governo porque não tem seu próprio negócio, seu próprio escritório, sua própria plantação.
Ninguém tem esse direito.
Improdutiva, inabitada, não importa, o direito a propriedade é assegurado pela Constituição e é um dos alicerces da democracia.
Abaixo a reforma agrária.
Ass: Regies Celso.
Sentimental
As vezes viso a beleza das 3 cores do sol, tentando encontrar acalento no som de um rio cristalizado em que uma bailarina trajada de fada desliza em busca de um raio de esperança.
Sempre em busca do prazer de você me deixo estatizar, querendo ao menos que alguém tenha controle sobre a minha vida, deixando de me tornar um ser controlador de emoções.
Trabalho por trabalhar, sonho por sonhar e vivo por você, buscando o crepúsculo mais inusitado que possa existir afim de imaginar a quantas anda aquele buraco aberto em meu peito, louco querendo ser preenchido com palavras doces de uma boca de mel, sua boca.
Sonhos completamente ultrajados ao nosso amor foram deixados para traz, hoje o único sonho que possuo, ou melhor, o único sonho que me possui, é o sonho de olhar no fundo dos teus olhos e com palavras doces dizer a mais pura das palavras, eu te amo!
As 3 cores do sol me lembram seus 3 sorrisos, dimensões paralelas e universos restaurados me lembram que a gente é possível, você, minha bailarina, me mostra o encanto que é te ver deslizar pelas linhas do meu coração.
Vem desvenda em mim os segredos à muito tempo guardados em meu âmago, vem e seja o mapa que eu perdi a 10 anos atrás, quando, infelizmente, te deixei partir.
Seja minha.
Sou seu.
Busque em mim aquilo que você sempre procurou encontrar em outros braços e que a gente sabe que só nós somos possuidores.
Ache em mim, seu par, o seu amor, porque o meu amor encontrei em você.
Te amo.
Ass: Diogo Coelho
6 de abril de 2009
3 pombos
Hoje andando por aí me deparei com pombos, e logo fui remetido àquela imagem linda de amizade.
Pombo nunca voa sozinho, pombo nunca está sozinho, pombo sempre enfrenta a tempestade com outros pombos.
Sorri ao lembrar dos que me cercam, chorei ao lembrar que eles não me cercam mais, a tempestade chegou, e eu comecei a voar sozinho.
Sempre tentei ser fiel, sempre tentei me aproximar de todos, sempre consegui, porém hoje eu não tenho mais a vodka que me fazia distribuir caretas e fazer peripécias.
Começo a me guiar pelo sol, sempre iluminado nunca me deixa cabisbaixo, sigo as estradas, sozinho, me guio pelas placas.
Querendo receber mensagens busco sempre orientação na Tua voz, me diga por que fui deixado para trás somente porque resolvi mudar de vida?
Queria saber voar, queria poder voar e aprender com os pombos
Os pombos tem uma única parceira durante a vida toda.
Os pombos podem ouvir freqüência de ultra som e ver espectros infra vermelhos e ultra violeta.
Os pombos são mais super heróis do que eu.
E eu?
Ninguém acredita em mim.
Fui deixado por não fazer o que você considerava legal.
Sem vodka, continuo tentando, um dia irei voar com vocês.
3 pombos.
Ass: Diogo Coelho
2 de abril de 2009
Descartes
Com tudo que tenho visto não consigo sossegar, guerras e pesadelos, me vendo por detrás de uma manta sagrada deitado no jardim do Éden a procura dos meus sofismas.
Canto silencioso de um ser em estado sólido, inerte e enraizado no chão frio de mármore que atravanca seu tornozelo firme à superfície gelada daquele chão.
Um coração em estado de putrefação precisa ser resgatado daquele calabouço em que, sozinho, não encontra a razão para sorrir.
Sempre em busca de uma relação harmoniosa espero agir da maneira mais agradável a ti, de forma a me torna mais faminto e sedento de você.
A história de nossos caminhos cruzados foi cortada de minha mente, e por necessidade, me apresento diante da neblina que envolve sua face e te peço perdão.
Eu te busco, te procuro e te encontro no silencio mais profundo que existe.
Com uma mordaça na boca tento gritar, com minhas veias pulsando pescoço a fora, um sufocamento surreal, te questionei com um pensamento hiperbólico de um ser humano.
O selo mortal foi colado na minha testa, orgulho dos homens, obra de quem não tem. Obra de Deus.
Ass: Diogo Coelho
Barbearia
Com a cara suja, barba por fazer, parece que vim do gueto do universo.
Estou consciente de que ando perdido, uma alma perdida sem direção caminhando para seu fim.
Minha história não pode terminar assim, perdoe os erros da minha mocidade, perdoe as fraquezas do meu corpo.
Você conhece todas, você sabe que sou somente um rosto humano procurando um lugar para fazer a barba.
Vem hoje e habita em mim, me mostra o que é viver o infinito, sempre ao seu lado, faça a ronda ao meu redor, me proteja de todos os leões que querem me devorar.
Me lembre sempre que eu sou humano, que sou falho e que preciso do seu amor renovado todos os dias, como se fosse a primeira vez.
Vem, faz um encontro em mim, tudo tem seu propósito, para cada pergunta existe uma resposta, e que eu ache a
resposta, e que eu ache a resposta que eu sou para a pergunta que eu desconheço ainda.
Me mostre minha proposta, me mostre o caminho estreito, vem e habita em mim.
Limpe meu rosto, me deixe ver de novo quem eu já fui um dia.
Ass: Diogo Coelho
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