
Vou falar, mas vão me crucificar. Certo dia, estava lendo uma entrevista de um apresentador de televisão e, a certa altura, ele disse: “Sou a favor da reforma agrária, como qualquer ser humano que pense”. Como ser humano pensante, que acho que sou, estou em plena discordância. Sou contra a reforma agraria.
Aliás, sou contra o MST, os Sem- terra, os Sem- teto, e os Sem- nada.
Inclusive, acho que encaixo em todas as categorias. Não tenho casa própria, não tenho teto próprio, e muito menos uma fazendinha, portanto sou sem- teto, sem- terra e, principalmente, sem- escritório, o que, em suma, é algo parecido com o MST. Não tenho um relez escritório próprio para plantar minhas petições, e, portanto, tenho que laborar em escritórios alheios, o que, na teoria, me daria o direito de invadir escritórios improdutivos e me aproriar deles. Posso, também, invadir escritórios em que as pessoas trabalham, a tiros, e acampar la dentro. Com o apoio do governo.
Sério. Não sou a favor de nenhuma desapropriação para a reforma agrária. Não há nenhuma razão em “dar” terra pra ninguem. Trabalhador rural é um trabalhador como outro qualquer, e, igual a maioria esmagadora da população, não tem um “negócio próprio” e não há direito em requerer meu próprio negócio em uma Reforma Escritorial (de escritórios).
Não há sentido. Não há razão. Não há lógica em dar terra porque um trabalhador (ou bandido) não tem terra.
Se não tem terra, trabalhe nas terras alheias, junte dinheiro e compre a sua. Isso é democracia.
A arbitrariedade que o governo exerce quando força a população a aceitar os marginais, assassinos, vândalos, e todos os demais adjetivos de baixo calão, do MST, é absurda.
Dentro e fora do MST, NINGUÉM tem direito de conseguir terra a força e de graça.
Ninguém tem direito de exigir providências do governo porque não tem seu próprio negócio, seu próprio escritório, sua própria plantação.
Ninguém tem esse direito.
Improdutiva, inabitada, não importa, o direito a propriedade é assegurado pela Constituição e é um dos alicerces da democracia.
Abaixo a reforma agrária.
Ass: Regies Celso.