24 de outubro de 2008

Amo-Te.



Não me entenda mais, isso não é necessário.
Não me chame mais, porque isso é secundário.
Agora, o que eu só quero são suas palavras de carinho para que eu possa dormir em paz.
Agora, o que eu só quero é deixar de ser a alma egoísta que você diz que eu me tornei.
Quero você de volta. Quero você de volta pra mim.
Quero você de forma ciumenta em que meus minutos se tornem seus.
Quero você em minha vida.
Eu, agora, sei quem você era, mas não sei mais quem somos “nós”.
Quero chorar de alegria ao te entregar flores e ouvir “Te amo”.
Não quero mais o choro da tristeza.
Não quero mais nossa tristeza, nossas conversas transtornadas, nossos desentendimentos.
Não quero mais não saber entender o que eu, realmente, e infelizmente, não consigo entender.
Quero apenas você, do seu jeito, a minha escada, a minha musa inspiradora, de relatos felizes.
Quero não conseguir escrever textos bonitos, pois na tristeza o poeta é mais.
Quero não ser mais, quero você, e essa é a minha prece.
Amo-te.


Ass: Pedro Gazzinelli de Barros

9 de outubro de 2008

Oscilação de Alma


Rapidamente eu corro para aquele abraço de mãos frias que eu não conheço mais.
Minha alma, meu silêncio, de quem não se percebe mais através do espelho.
De quem não se conhece mais através dos outros.
Aquelas mãos frias que fingem gostar de me acariciar para me arrancar de tudo que eu valorizo e amo na vida, quer me comprar gentilmente.
Rapidamente eu me contento em não te amar, mas basta meu momento de lucidez para que eu pare de respirar imediatamente sem sua presença.
Fugazmente eu não sei mais dizer tudo que já disse um dia, hoje minha voz embarga, meus lábios tremem e ficam vermelhos de raiva.
Não sei mais te dizer tudo que já senti um dia, uma vez que não sinto mais nada daquilo.
Hoje sinto o vazio, e esse vazio está me consumindo por dentro.
Hoje não sinto mais nada, e estou apelando para que o mundo interprete o meu silêncio.

Ass: Pedro Gazinelli