17 de dezembro de 2009

Depois



Me despeço mais uma vez, com tudo adquirido e muito tentado passar.
Em dias me lamentei, em outros chorei, em buscas perdi, em perdas achei.
Mais uma vez pude contar e brincar de contar, dia após dia vi o que queria falar.
Me despeço, até quem sabe, o dia que retornará, as palavras não se cansam de delinear.
Até quem sabe eu parar de gritar, deixarei sufocar, viverei pra sondar, buscarei me completar, sim, a escrita poderá mudar.
Até quem sabe o mundo acabar, o ano começar ou a inspiração sublimar. Até quem sabe o poeta voltar, o livro desenhar, imagine então quando as palavras se “juntar”, aí sim, quem sabe, poderei voltar.
Em dias pude cantar, em outros contar, quase nu, pude me mostrar. Brinquei de atuar, atuei de brincar, escrevi meu pensar, pensei em trovar.
Mais uma vez me despeço, de mim, de você, mais uma vez me repito.


Ass. Diogo Coelho

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