21 de outubro de 2009
Espelho
No mar a ressaca do dia seguinte, vivendo em uma cena de sonho, busco lutar por cada passo, reconstruindo a velha sombra que me acompanha onde vou.
Sempre a frente do cronômetro, voando mais alto do que possamos imaginar e alcançando a vitória que deixou de lado nossa amizade e me permitiu a primeira derrota, perdi por ter perdido minha vitória.
Recorro sempre ao meu eu, “euxternalizando” meu ego. Preciso acreditar que o lado bom está evidente, minha cabeça dói por outro lado.
Aqui estou eu de novo, milhas e milhas distante, mas me diga, estou longe de você?
Só me resta dançar no palco da minha memória, entenda, é difícil.
Eu sinto minha falta, enquanto isso os ponteiros não param de girar.
Tento entender o que não é ser feliz enquanto o vento sopra em minha janela.
Se eu ver meu reflexo numa montanha coberta de neve, onde o topo me mostra o limite da minha passagem pelos oceanos de lágrimas choradas por debaixo dos cobertores que uso para me esconder da ternura de um sorriso, conseguirei lembrar que meus pensamentos em epígrafe só servem na verdade para me livrar dos cacos que me tornei quando deixei de sonhar.
Estando congelado como começar a colher o algodão que encontro no caminho de uma jornada, até agora impecável, para juntar vontades subjetivas como aquela de repousar em cima das nuvens, longe de casa, perto do nada, guiado apenas pela ausência de qualquer coisa que bate dentro de mim.
Sem perceber me programo a lazeres dinâmicos enquanto empalo aquele prazer a muito escondido.
Vem e mostra o que foi coberto pelas nuvens, vem e que chova lagrimas do meu rosto para que possa clarear meu céu, quero aprender a ver claramente novamente.
Ser ou não ser deixa de ser a questão.
Ass: Diogo
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