26 de agosto de 2008

Ad Te


Deixo que as palavras saiam.
Rolam, como minhas lembranças divinas de tudo.
O Poeta não sonha mais.
Caem, como folhas, sem sentido, não formam mais nada, e, no entanto, a inspiração hoje é feliz.
O Poeta não sonha mais.
Leve, soltas, as emoções não sofrem mais, hoje elas são vivas e intensas, sem ardor, pesar, angústia ou deslumbramento.
Lindas, agora são, não mais meras elucidações, e sim, plenas e fortes, como os beijos, carícias.
O Poeta não sonha mais, hoje esse sonho é vivo, e reflete em seus olhos, em seus toques, e falas.
Risadas, não mais ensaiadas para a conquista, e sim, espontâneas para a admiração.
Toques, agora não mais com pesar e disfarces.
Lágrimas não mais de falta, e sim felizes, de saudades.
Cartas não mais pretensiosas, e sim despretensiosas como um simples sorriso ou gesto.

O Poeta não chora mais.
A sua inspiração é sua realidade.


Ass: Pedro Gazzinelli

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu poeta mais lindo!!!

!!AMO-TE!!