30 de setembro de 2009

Sorrir



Quero sorrir, viver, sonhar, quero brincar e escorregar minha mão pelos seus cabelos.
Quero enxugar suas lágrimas e te dar as minhas, guarde com cuidado, são só suas.
Pelo caminho mais belo imaginei nós dois, andando e sendo um, mão sobre mão.
Não me afaste agora, você não vai conseguir, estou cimentado a você, se eu me afastar quem vai cuidar de você? Confio só em mim, porque sei o que quero com você.
Quantas vezes me sinto sozinho, procurando sem nem saber o que, na verdade eu sei, você.
Sempre procurei você.
Achei, não te largo, nem se você me pedir por favor.
Mesmo tão longe, tão perto, nos momentos de solidão me abraço ao meu coração e tento esquentar sua face sempre evidente lá, pulsa amor pelas minhas veias, pulsa seu nome pelo meu interior, pulsa alegria ao falar com você, de você, pulsa carinho ao te tocar.
Divagar por caminhos saborosos, aromas suaves, sentar ao seu lado enquanto fico entorpecido pelo seu cheiro, seu beijo e seu carinho por mim.
Quero a torta de pão da sua mãe, isso sim prova que você me ama, a da minha é tão ruim!
Cada gesto seu me faz ver que você é resposta de oração. Você me faz feliz, você me fazer querer mais você, você me faz corar, você me faz sentir nojo, cada palavra feia do seu vocabulário médico. Amo. Não as palavras claro, mas amo sentir nojo, porque até sentir nojo com você é bom. Isso é amor. Simplesmente amo amar você.

Ass: Diogo Coelho

16 de setembro de 2009

Semtido


Sem ter tido vi meu melhor sorriso desabrochar, sem ter visto senti meu coração pulsar.
Sem ter tido sonhei por sonhar, sem ter sido fui um fantasma a passar.
Sem ter crido desandei em pensar, sem sentido cansei de murmurar.
Sem sentido comecei a andar, sem meu fôlego um balão a voar.
Sem meu rumo começo a pensar, sem meu tido começo a chorar.
Sem promessas me ponho a caçar, te olho nos olhos por onde começar?
Sem medida luto em alcançar, sem minha cura poesias ao ar.
Sem o sol arco íris para brincar, sem anzol o que vou pescar?
Sem lençol vivo a deitar, descalço me ponho a cavar.
Sem formol um cheiro a agüentar, sem minhas rimas um cristal a buscar.
Sem ter tido a luneta estelar, sem ter visto a chuva me molhar.
Sem caminho me pus a orar, sem palavras uma historia a contar.
Sem ter tido tive momentos inexplicáveis, sentimentos inesquecíveis, circunstancias arrebatadoras.

Ass: Diogo

15 de setembro de 2009

Despedida


Não sou mais quem eu era antes.
Não quero mais antes.
Quero mais agora.
Não tenho mais a inspiração de antes
Agora, eu sou a inspiração
Agora, não sei mais por onde começar nem por onde terminar
Agora, não quero receber mensagens alegres que me coloquem pra cima, não quero receber mensagens enaltecendo algo que não sou.
Não quero receber mensagens que dêem a falsa impressão de como estou.
Já estou aqui em cima e quero puxar todos para cima comigo
Agora não sou mais o poeta de antes, de agora e de depois
Agora, eu sou mais eu, pois minha felicidade mora comigo.
Agora sou mais eu sem nada
Agora não há mais inspiração.
Agora há realidade, e na realidade não espaço para poesia ou palavras bonitas. Na realidade não espaço para versos, choros e tristezas.
Agora, na minha realidade, preciso de mim mais do que nunca, e não de ninguém mais.
Agora, tenho que ser mais feliz do que nunca, pois só assim minha realidade será completa.
Na realidade não há espaço para o poeta.
O poeta não escreve mais.
A sua inspiração tem que ser transformada em realidade.

Ass: Pedro Gazzinelli de Barros.