15 de maio de 2009

Cristalino



Como que eu posso te falar sobre o inexplicável? Eu vou tentar procurar palavras de um dicionário leigo e burro que parece possuidor de toda as letras bonitas que alguém um dia pode pronunciar.
Meus olhos se enchem de água quando me viro para a lua nova tentando encontrar a sabedoria necessária para fazer entender, e como um junco que cresce em meio às lagrimas que escorrem pela minha pele, eu me divago em pensamentos e navego em direção ao Mediterrâneo tentando encontrar o lugar mais lindo da Terra, aonde em meio a reflexões criadas por mim irei perceber que minha vida só depende de Você.
Tentei viver dentro de um segredo criado por gigantes que não passavam de anões, enraizado em meu coração encontro quereres súbitos de uma alma cansada voltando para casa, andarilho sujo sem direção, busca sem razão.
Quem será o dono dos jardins de Lírios em que me deito procurando descanso? Sei que você às vezes não credita autoria nas palavras faladas por Ele, mas sim, “existe vida nas cartas escritas de vermelho!”
Todo conhecimento almejado e necessário não se encontra em mim, e sim em palavras vivas, palavras existentes e verdadeiras escrita pelo Rei dos Reis. Me lanço ao mar, me lanço ao ar e me entrego.
Ofegante de correr tento respirar, o barro endureceu e quebrou, em cacos sofri, e quando menos esperei recebi o bálsamo de Gileade.
Hoje tento poetizar meu amor, a Ti toda honra e toda glória, promessa de uma vida inteira.

Ass: Diogo Coelho

12 de maio de 2009

Os Cinco Elementos



Hoje senti o dedo do vento me fazer carinho, com uma brisa pura e suave eu pude perceber que a paz traz refrigério a alma enquanto meus cabelos grisalhos da experiência da juventude se esvoaçam inertes a ação do tempo.
Me recosto em mais uma cadeira de balanço, em céu aberto, cansado de lutar contra meu coração, deixo a chuva cair sobre minha face, sentindo o beijo daquela tempestade molhar meus lábios olho para o céu e clamo por ajuda. Será que experiências passadas me mostrarão caminhos desconhecidos perante os homens?
Caminho por esse chão árido, terra dura que machuca meus pés, pareço sentir que o piso em que me encontro soca a sola dos meus sapatos, quando percebo estou sendo carregado, pois cansado de andar, encontrei acalento em seus braços, braços da terra, braços que me pegam no colo e não me deixam andar sozinho.
Estou sendo consumido pelo fogo, brasa viva, com as mordidas de um sol ardente, sinto meu peito queimar, sinto minha alma queimar, sensação essa inexplicável por ciências, quando a única verdade existente é o seu viver em mim.
Sinto o coração tentando a aproximação de você, tentando ser igual carne e osso, um só espírito, uma só razão, me permito Te permitir, me entrego a Ti, lança minha alma e faz morada em mim pois já não vivo sem esse sentimento de alegria que só Teu amor me proporciona.
Para sempre um só com Você, Terra, Fogo, Água e Ar, para sempre um só Coração, Pai de toda criação.

Ass: Diogo Coelho